Cotidiano Humor

Panela velha…

Written by Zeneide

A bem da verdade, não era uma panela velha, dessas que fazem comida boa…

Minha irmã mais nova (aquela da “Blasfêmia”) morou um tempo em Campinas numa boa casa, com um jardim  bem grande na frente.

Numa manhã, tocaram a campainha: era um homem baixinho perguntando se ela teria panelas ou canecas para consertar. Ela se lembrou de uma panela de bom tamanho, muito útil, cujo cabo havia se soltado. Foi buscá-la e deixou o homem sentado nos degraus da escadinha da entrada, trabalhando.

Enquanto isso, foi estender roupas no varal, sempre de olho nele e nos seus filhos pequenos que brincavam por ali. Não demorou muito e o homem tocou novamente a campainha. Disse que havia terminado o serviço e mostrou a panela sobre a grama, encostada a uma pedra. Recomendou que esperasse uns quinze minutos para mexer nela, pois a cola que usara para fixar melhor o cabo precisava secar bem.

Ela pagou o combinado, agradeceu e pediu para ele passar de vez em quando, para ver se teria algum outro conserto para realizar.

Bem mais tarde ela foi lá e pegou a panela pelo cabo, que saiu na mão dela; estava totalmente solto, como antes. A pedra, colocada estrategicamente, dava a ilusão de estar colado…

Imaginem a cara dela, a raiva e todos os adjetivos que ela pensou em falar para o homenzinho que já  deveria estar bem longe, fazendo seus “reparos” nos bairros vizinhos.

Essa história virou uma piada interna na família, repetida vezes sem conta, com os devidos enfeites e exageros dos diferentes narradores. Se acaso aparece alguém que ainda não a ouviu, a gente estranha:

– Como assim? Você não conhece a história do cabo da panela? Conte, Zélia, por favor!

About the author

Zeneide

Meu nome é Zeneide Ribeiro de Santana, professora de Língua Portuguesa e Literatura. Já sou aposentada e aproveito meu tempo lendo bastante e tricotando um pouco.

3 Comments

  • Rí muito ao ler isto.Vou contar uma que fiquei sabendo.Meu cunhado, casado a alguns anos, nunca havia dado presentes a esposa, minha cunhada. Um belo dia, caminhando pelos lados da Rua 25 de março, tinha um rapaz vendendo colchas de cama.As colchas abertas, com estampas lindas,resolveu comprar uma para dar de presente a ela.Quando chegou em casa entusiasmado para dar aquele presente que era o primeiro de muitos anos!!!!Quando ela abriu!!!rsrsr Um pedaço de papelão embrulhado com um pedaço de tecido que por sinal lindo demais!!!kkkkk morrí de rir ao ouvir esta dramática história.Não serviu nem para passar no chão!!

  • É, Rosana, em cada família há dessas histórias… Na hora a gente fica com raiva, depois vira piada… Se você tiver outra história interessante ou se quiser contar uma bênção, escreva em Mensagem ou então fale pessoalmente, que eu redijo e publico aqui.
    Beijo