Humor Recordações

Idade pré-escolar

Written by Zeneide

Como as crianças crescem rápido! – frase verdadeira, tantas vezes repetida.

Parece que foi um dia destes que nossos filhos, hoje formados e até casados, eram crianças curiosas, arteiras e barulhentas. Lembro-me de alguns episódios que marcaram bem essa época.

Aos quatro anos, mais ou menos, minha filha contou que tinha um namorado na Pré-escola. Num dia de chuva, quando as mães podiam entrar na sala para pegar as crianças, eu a vi sentada e um garotinho com um dos pés nos joelhos dela, enquanto ela dava um laço no cordão do tênis dele. Em casa, perguntei se era o seu namorado. Só comentei: “Que belo namorado, que não sabe nem amarrar o tênis!”  Parece que a desencorajei de vez, pois só foi falar em namorado muitos anos depois. E dessa vez, ele sabia até trocar o botijão de gás!

A prima dela, da mesma classe, uma vez, chegou falando: “Mãe, a professora disse para você votar no Mário Covas!”  Minha irmã não deixou por menos: ” Ah, diga para a sua professora ir pentear macacos!”  Pois foi exatamente o que ela fez no dia seguinte: “Prô, minha mãe mandou você pentear macacos!”

Meu filho, também logo que entrou na Pré-escola, veio me perguntar como é que fazia para se “desmatricular”. Quando lhe perguntei  o motivo, contou que havia ficado de castigo. “Mas, por quê?”  Aí o “anjinho” explicou: “`É que eu e o meu amigo fomos jogar mico lá no fundo da sala, na hora que a professora estava contando uma história chata”.

Pior mesmo foi o filho de uma colega que, num casamento da família, perguntou em voz alta por que a prima (feinha)  tinha pintado a cara daquele jeito. A mãe respondeu,  baixinho, que era para ficar bonita. E o garotinho: “E  por que não ficou?”

Creio que todos se lembram de casos como esses, da infância dos filhos. A gente conta, se diverte de novo, mas sente uma saudade danada daquelas criaturinhas que de repente cresceram e já se preparam para colecionar as histórias dos seus próprios filhos…

About the author

Zeneide

Meu nome é Zeneide Ribeiro de Santana, professora de Língua Portuguesa e Literatura. Já sou aposentada e aproveito meu tempo lendo bastante e tricotando um pouco.

4 Comments

  • Zeneide, gostei demais de tudo isto que escreveu.Super legal.Que Deus abençõe!

  • Obrigada, amiga! Aposto que você também tem boas histórias das suas “crianças”…

  • Nossa Zeneide, foi como se tivesse passando um vídeo na minha cabeça de td q os meninos aprontaram em suas infâncias e q não foi pouco, não, viu? Mas realmente, td passou e hoje eu me deparo com o ´´Ninho vazio´´e sinto muita saudade daquele tempo, sabe? Mas, como diz o ditado: a fila anda, ne? Louvado seja Deus por td q passou, pelas alegrias q eles nos deram e nos darão! Parabéns pela crônica! Beijos

  • É verdade! Deus seja louvado mesmo! Mas, seus meninos aprontaram muito?! Quem diria!!! Quanto ao ninho vazio, estou sabendo e ainda vou saber mais sobre isso… Daqui pra frente, ficaremos divididas entre a saudade e as expectativas. Obrigada, mais uma vez, pelo comentário. Beijo.