Conta-se que um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho.
Alguém, intrigado com aquele comportamento, lhe perguntou qual a razão daquele hábito. O nadador sorriu e respondeu:
Há alguns anos, numa certa noite perdi o sono e fui à piscina para nadar um pouco. Não acendi a luz, pois a lua brilhava muito.
Quando estava no trampolim, vi minha sombra numa parede à minha frente. Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz.
Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando aquela bela imagem. Nesse momento pensei na cruz de Cristo e em seu significado.
Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido para nos salvar.
Sentei-me no trampolim, enquanto aqueles ensinamentos vinham-me à mente. Não sei quanto tempo fiquei ali parado, mas, ao final, eu estava em paz com Deus.
Desci do trampolim e resolvi apenas tomar um gostoso banho, quando, para meu assombro, descobri que haviam esvaziado a piscina naquela tarde.
Naquela noite a cruz de Cristo salvou-me duas vezes: da morte física e da morte espiritual.
Por isso molho o dedão do pé, antes de saltar.
Que essa história provoque em nós uma reflexão oportuna, especialmente nesta semana que nos faz lembrar do significado da cruz de Cristo. Mais que um crucifixo pintado ou esculpido numa igreja ou um pingente valioso numa jóia de ouro, mais que um objeto sagrado digno de respeito e adoração, a cruz simboliza a oferta de amor vinda do próprio Deus para a humanidade.
Na cruz foram depositadas nossas falhas, nossas negligências, nossas mazelas. Carregá-la e enfrentá-la foi obra de amor indescritível. Por isso representa a justificação e o perdão para todos que os aceitarem.
Melhor ainda, tanto a cruz como o sepulcro estão vazios e isso é garantia de vida eterna nas mansões celestiais.
