Por: Zeneide Ribeiro de Santana
Numa reunião de oração, Ana Maria, nossa amiga e irmã em Cristo, deu o testemunho que registro aqui.
Há alguns anos, teve uma mudança de emprego, que acarretou sérios problemas financeiros para a sua família. Num domingo, foi à igreja com o coração apertado, preocupada com o dia seguinte, pois precisava fazer compras e dispunha de muito pouco dinheiro. Orou, então, pedindo que Deus a orientasse.
O presbítero que estava dirigindo a liturgia fez a leitura responsiva do Milagre da Multiplicação dos Pães e Peixes (Mateus 14: 13-21) e o pastor comentou que o texto indicado era outro, mas que estava tudo bem. Quando o presbítero olhou, surpreso, achando que não havia se enganado, a Ana pensou: Eles não estão entendendo…EU precisava ouvir isso! O mesmo Jesus que alimentou aquela multidão pode ainda hoje fazer o mesmo com a minha família. Não foi ele que falou para a gente não se preocupar com o dia de amanhã?
Na segunda-feira foi ao mercado e trouxe, nas mãos, algumas sacolas com o que foi possível comprar. Em casa, pediu para sua filha caçula guardar as compras, enquanto ia se trocar. Quando voltou, viu que ela continuava arrumando as latas e perguntou, surpresa : “Você ainda não acabou !?” Ela respondeu: “Não tinha pouca coisa, não!” E só parou de guardar quando não havia mais espaço no armário. Meio parecido com o azeite da viúva, que só parou de ser despejado quando acabaram-se as vasilhas… E aqueles mantimentos não só foram suficientes, como ainda houve sobra no final do mês.
Emocionada, a Ana Maria declarou sua gratidão a Deus, pois seu armário não mais se esvaziou; até hoje sobram mercadorias todo final de mês na sua casa. É por isso também que, com alegria, ela e os demais membros da nossa comunidade têm prazer em levar, mensalmente, mantimentos para serem distribuídos pelo MASD (Ministério de Ação Social e Diaconia) aos mais necessitados.
Testemunhos como esse fortalecem nossa fé naquele que tem o poder de multiplicar não apenas o alimento material, mas também o amor e a paz nas nossas vidas.