Sou planta raquítica, sem viço, sem beleza;
Vou murchando sem alento, maltratada pelos ventos
Que teimam em desgrudar minhas raízes.
Logo eu que, perfumada, queria despertar admiração;
Madura, desejava ser útil, diminuir a fome;
Verde, pretendia transmitir esperança…
Sou ave ferida, sem ânimo,
Incapacitada para fazer o que mais gosto: voar pelo espaço,
Desfrutando a liberdade de viver.
Agora, com a asa quebrada, minha vista se limita ao chão.
Sinto-me distante dos sonhos,
Todos eles concentrados em altos voos…
Sou barco sem rumo, com o leme partido,
Velas rasgadas por temporais, mastro inutilizado.
Desgovernado, estou no limite e só enxergo
A possibilidade de bater nos rochedos
Ou, então, ser tragado por ondas gigantescas.
Senhor,
Como planta que murcha, venho te pedir a água da vida,
A riqueza dos teus mananciais.
Reanima-me e faz de mim uma sementeira de paz!
Como ave que sofre, sara-me com o bálsamo do teu amor,
Lava as minhas feridas e restaura o meu vigor.
Alimenta-me, Senhor, e dá-me bons ventos, que me impulsionem
Na direção das tuas veredas tranquilas.
Como barco que naufraga, vem restaurar-me,
Endireitar meu rumo e direcionar minha vida
Para que eu possa navegar em paz, debaixo da tua segurança.
Planta – quero ser digno de representar tua maravilhosa criação.
Ave – quero simbolizar a liberdade que há no conhecimento da tua verdade.
Barco – quero apresentar muita gente ao meu perfeito piloto: Jesus Cristo.
( Texto escrito em fevereiro de 2006, do qual nem me lembrava)
Que Deus a abençoe muito! Quanta sensibilidade! Abraços
Obrigada, de novo! Deus a abençoe também.
Nossa, mãe, esse é um dos mais fortes, de fazer engolir seco.
Lembro de já ter chorado uma vez quando o li pela primeira vez.
Você consegue nos fazer sentir a verdade de cada sílaba – a dita, a não dita, a entre-dita.
Soco no estômago, tapa na cara, dor na alma.
Soluços e suspiros.
Também senti e ainda sinto o impacto que causa se derramar, de coração aberto, na presença do Senhor. Por isso, nem sempre publico o que escrevo…Que Deus nos abençoe na caminhada da fé e nos sensibilize a viver sob sua direção. Beijo, querida!
Faço minha as palavras da Cíntia. Já me senti assim, ou melhor, às vezes me pego a pensar como esse poema,mas sei que preciso confiar mais, me derramar mais na presença do Senhor. Que assim Deus nos ajude…
Amém! Precisamos mesmo nos conscientizar da nossa dependência de Deus, que sempre nos acolhe com misericórdia. Ele nos ajuda, sim.