Por: Zeneide Ribeiro de Santana
Apesar de ser hoje o Dia da Criança, ou talvez por isso, transcrevo um relato do livro “Faça a Vida Valer a Pena”, de Max Lucado:
Alguns anos atrás, um repórter que cobria o conflito em Sarajevo viu uma garotinha ser baleada por um franco atirador. A parte de trás da cabeça da garota tinha sido despedaçada pela bala. O repórter atirou longe o bloco e o lápis e deixou de ser repórter por alguns minutos.Ele correu até o homem que estava segurando a criança e os levou para o seu carro. Conforme o repórter pisou no acelerador, correndo para o hospital, o homem que segurava a criança ensanguentada disse:
– Depressa, meu amigo. Minha criança ainda está viva.
Após um ou dois minutos, ele implorou:
– Depressa, meu amigo. Minha criança ainda está respirando.
No minuto seguinte:
– Depressa, meu amigo. Minha criança ainda está quente.
Por fim:
– Depressa. Ai, meu Deus, minha criança está ficando fria.
Ao chegarem ao hospital, a garotinha estava morta. Quando os dois foram ao banheiro para lavar o sangue das mãos e das roupas, o homem virou para o repórter e disse:
– Esta é uma tarefa terrível para mim: contar ao pai que sua filha está morta. Ele vai ficar inconsolável.
O repórter parou, estupefato. Olhou para aquele homem angustiado e disse:
– Pensei que ela era sua filha.
O homem o encarou e respondeu:
– Não. Mas não são todos nossos filhos?
De fato. Os que sofrem pertencem a todos nós. E se todos nós respondermos, haverá esperança.
“É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! (Eclesiastes 4 : 9,10)