Por: Zeneide Ribeiro de Santana
Numa reunião, fomos solicitados a nos comparar a animais. Mais de um colega disse que gostaria de ser leão ou elefante. Alguns se identificaram com felinos, outros com cães, águias ou até com peixes.
Não precisei pensar muito, pois logo decidi ser borboleta. Encantam-me o colorido, a leveza e a elegância singela desse inseto. Também conta muito a preferência dela pelas flores das quais se aproxima apresentando um espetáculo simples e gracioso, verdadeiro bailado. Borboletas são livres e voam para onde querem, além de serem úteis para a polinização, contribuindo, assim, para a preservação de tantas espécies vegetais.
Entretanto, o mais instigante é o modo pelo qual se reproduzem, a metamorfose que sofrem, de larva, lagarta a borboleta. Como pode uma feia lagarta se encasular toda, para depois se libertar e sair voando em forma tão bela e multicor? Magia, na certa. Essa capacidade de transformação mexe comigo, leva-me a associá-la à metanoia, mudança da mente. Quantas vezes acalentamos sentimentos negativos de ira, de inveja e até mesmo de vingança? Bom seria refletir e uma fazer autoavaliação que possibilitasse modificá-los de modo a nos produzir bem-estar e elevar nossa autoestima. Já disseram que “temos a cabeça redonda para que as ideias possam circular”…
Alguém poderia argumentar que a vida da borboleta é efêmera, de muito curta duração. Sim, mas nesse pouco tempo ela vive de verdade e é importante, tanto pela beleza silenciosa, que encanta, quanto pela indiscutível utilidade. Afinal, nossa vida também é efêmera, pois “nossos dias passam rapidamente e nós voamos.” (Salmo 90:10)
Sempre é tempo de renovação, de novos propósitos de mudança. E continua atual o conselho do apóstolo Paulo : Não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” ( Romanos 12:2)
Que essa vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável, se torne realidade para todos nós. Amém.