Por: Zeneide Ribeiro de Santana
A história narrada pelo Evangelho de Lucas é bem conhecida:
O sacerdote Zacarias servia no templo quando recebeu a visita de um anjo que anunciou, com detalhes, o nascimento do seu filho João Batista, aquele que deveria ser o precursor de Jesus Cristo. Assustado, ele não creu nessa revelação, pois sua mulher Isabel era estéril e o casal já estava bem idoso.
Lemos a informação de que “ambos eram justos aos olhos de Deus, obedecendo de modo irrepreensível todos os mandamentos e preceitos do Senhor” ( Lc.1:6).Mas, mesmo assim, a notícia era tão extraordinária que causou dúvida no coração de Zacarias. Então, o anjo lhe disse que ele ficaria mudo até o nascimento do menino, por não ter acreditado na mensagem enviada pelo próprio Deus. E foi o que aconteceu.
Imagino que o longo período silêncio que ele passou tenha servido para reflexão, durante o qual testemunhou, passo a passo a gravidez de Isabel e o agir do poder de Deus no cumprimento da promessa na vida deles.
Quando, após o nascimento, escreveu o nome da criança – João – numa tabuinha, recuperou a voz e a primeira coisa que saiu dos seu lábios foi o louvor a Deus.
Também sabemos que o Senhor é fiel, cumpre suas promessas através da História e temos experimentado sua ação poderosa em tantos momentos da nossa vida, mas teimamos em duvidar. Será que não nos tornamos um tanto mudos espirituais, por não confiar no nosso Deus?
Estamos tão envolvidos nos afazeres e compromissos do cotidiano, que nem sempre percebemos os sinais, às vezes gritantes, da graça e da misericórdia de Deus em nossa vida. Caberia aqui a frase da moda: “Entendeu ou quer que eu desenhe?”
Precisamos prestar atenção nesses sinais e, como Zacarias, demonstrar nossa gratidão em forma de louvor ao único que é digo de recebê-lo.
