É muito conhecida a história de Daniel, jovem judeu que foi levado à corte de Nabucodonozor, rei da Babilônia. Ele permaneceu firme na fé ao Deus único e verdadeiro, não se contaminou com os hábitos nem com as iguarias finas daquele lugar. Por isso foi invejado e, por meio de artimanhas, lançado à cova dos leões. Nesse momento, ouviu do rei, que parecia estimá-lo:
– “… que o Deus a quem você serve continuamente o livre”.
Não dá para saber quanto de desejo sincero ou de ironia havia nessa frase, mas, pelo relato bíblico, sabemos que de fato Deus o livrou. Lição importante: às vezes Deus permite que seus filhos sejam lançados à cova dos leões, mas, mesmo ali, não os desampara. Faz-se presente nas piores circunstâncias, envia seus anjos para fechar a boca das feras e os livra da morte.
Seja qual for a cova em que venhamos a nos encontrar na moderna Babilônia em que vivemos, podemos ter a certeza de que Deus é o mesmo e sempre “está perto dos que o invocam”
Então, na cova da enfermidade, do desemprego, do relacionamento fragilizado, da culpa, da ansiedade e da aflição, o anjo do Senhor pode se acampar e libertar aqueles que nele confiam e o servem continuamente, como Daniel.
Diz o refrão de um hino : “Chora, Israel, Babilônia não é teu lugar” .
De fato, bom seria estar em outro local mais puro e seguro, mas, mesmo na Babilônia, temos condições de sobreviver como as florestas que se fortalecem com as tempestades. E, se colocarmos nossa fé e esperança nesse Deus onipresente, iremos declarar:
– Cova dos leões, tô fora!