Por: Zeneide Ribeiro de Santana
São muitas as analogias entre os jogos esportivos – o futebol, especialmente – e a vida. Na verdade, o jogo – dizem- é uma metáfora da vida.
Há sempre regras que regulamentam as diferentes situações, desde os limites do campo e sinalizações para as jogadas, até as penalidades a serem aplicadas para quem infringir essas regras no decorrer da partida. Disciplina e prática da convivência são imprescindíveis nos treinos e nas competições. A liderança é extremamente importante tanto para o comando do time como para os jogadores no desenrolar do jogo. Sobre a atuação dos árbitros, o mínimo que se espera é imparcialidade. Não é assim na vida?
Mesmo tendo talento, inclinação natural, é necessário que os participantes desenvolvam diversas habilidades: astúcia, criatividade, improvisação e estratégias para não bater de frente e para vencer sem trapacear.
Quanto à torcida, além do incentivo, transmite espontaneamente sentimentos de alegria, euforia e, às vezes, também tristeza e frustração. Bom seria que aprendesse a valorizar o jogo, não só o bom resultado.
Tanto nessa atividade como na vida, há estreita relação com o processo ensino-aprendizagem. Ensinam-se e aprendem-se respeito, obediência às regras, persistência nos treinos e busca de saídas criativas. Ética, claro, é fundamental.
Não poderia deixar de citar a forma como a comunicação foi influenciada pela linguagem própria do futebol. Exemplos?
– dar bola para alguém
– pisar na bola
– dar bola fora
– pendurar a chuteira
– não mexer em time que está ganhando
– driblar problemas
– vestir a camisa…
Antes de “tirar o time de campo“, cito um trecho do livro Futebol e Vida, de Raimundo Clementino Neto :
“Já passou da hora de formarmos a nossa equipe com o objetivo de sairmos vitoriosos no jogo da construção de um mundo melhor, para nós mesmos e nossos semelhantes. Todos estão escalados pois, nesse time, não existem reservas.”
Portanto, recomecemos o treino!!!