Lembram-se da narrativa sobre o profeta Elias procurando ajuda com a viúva de Sarepta, num tempo de fome causado pela seca terrível ? (I Reis 17: 8-16)
Difícil imaginar a dor e a desolação da mulher respondendo que nada tinha a não ser um punhado de farinha e um pouquinho de azeite para cozer um bolo para ela e seu filho. Pior ainda: depois dessa refeição, ficariam à espera da morte, sem nenhum outro recurso para sobreviver.
Parece cruel o pedido do profeta: queria que ela fizesse o tal bolo e o desse primeiro a ele!!! Falou ainda que o Senhor tinha prometido que a farinha na panela e o azeite na botija não iriam faltar até que voltasse a chover sobre a terra. Ela creu nessa promessa e atendeu ao seu pedido. E assim aconteceu, conforme a palavra de Elias.!
Alguns pregadores usam esse texto para afirmar que assim como a viúva foi abençoada porque repartiu com o profeta a sua provisão, hoje, quem contribuir para a igreja será financeiramente próspero… Entretanto, prefiro pensar que esse texto nos ensina algumas outras coisas:
– a priorizar os recursos que temos à mão, na nossa própria casa.
– a usar aquilo que temos, mesmo sendo pouco, para ajudar alguém.
– a deixar de valorizar o supérfluo e a conviver com a escassez, que pode ser o suficiente nas atuais circunstâncias.
– a confiar na promessa do Senhor, que está sempre perto.
– a manter a serenidade, orando com a esperança de que a seca passe logo e a chuva volte a regar a terra.
Pai nosso, neste tempo que atravessamos, de incerteza e de insegurança, pedimos que continues cuidando de nós, da nossa família, do nosso povo, especialmente dos que trabalham para minimizar o sofrimento alheio. Abastece-nos com o pão da tua Palavra e não nos deixes faltar o azeite do teu Santo Espírito! Perdoa as nossas omissões, Senhor! Oramos em nome do teu filho Jesus. Amém.