“Aprenda a sentar e observar; nem tudo precisa de uma reação”.
É minha impressão ou estamos todos sempre prontos para responder a alguma provocação, por mais sutil que pareça? Tudo parece nos tocar, nos ofender ou mexer com nossa estrutura emocional… Se conversamos, nem ouvimos direito toda a história e já vamos elaborando mentalmente uma resposta ou exemplo muito mais marcante que o mencionado pelo interlocutor… A nossa é sempre melhor, mais interessante ou impressionante. Ou, então, nos preparamos para um comentário arrasador… Que feio agir assim! Falta de respeito com o próximo, nem ouvir e já se apressar em se mostrar superior…
E quanta gente, mesmo estando sozinha, reage com irritação quando assiste a jogos, programas de auditório, apresentações de artistas, entrevistas ou mesmo a diálogos dos filmes? Põem-se a resmungar, a falar alto ou até xingar quando discordam do que ouvem ou veem!! Chega a ser engraçado! Ou trágico…
Na verdade, de acordo com a afirmação acima, não há a menor necessidade, muito menos obrigatoriedade de reagir, ou de expressar qualquer opinião, na maioria dos casos… A terra continuará a girar da mesma forma, se eu conseguir me calar… Meu silêncio não interferirá em nenhuma lei do universo…
Claro que há situações diferenciadas, em que não se deve omitir; é preciso mesmo se pronunciar, quando for pertinente e necessário, focar no objetivo de prestar ajuda e cuidado. Independente de aceitar ou não a opinião do outro.
Mas, na maioria das vezes, calar-se é a atitude ideal. Se ninguém perguntou, se nossa opinião não foi solicitada, ou se o que formos falar prejudicar o relacionamento, ficar quieto é a mais sábia decisão. Se somente observarmos, ouvirmos e não concordarmos com alguém, que essa discordância se dê apenas interiormente. Para que provocar a ira, se pudermos ser instrumentos da paz? (“A resposta branda desvia o furor“, lembram-se?) Ah, como são tortuosos os caminhos de um relacionamento!
Que o Senhor nos dê sabedoria para discernir o que mais convém em cada situação!