Admiro muito as profissões ligadas à Medicina. Com algumas exceções, a maioria tem o objetivo comum de prevenir, cuidar e curar pessoas.
Na verdade, estamos todos precisados de algum tipo de cura, se não no corpo, na alma, nas emoções. Feridas se abrem do nada, provocando dores e desconfortos – inimigos da nossa paz.
E como são abençoadas as mãos que se dedicam a amenizar e a eliminar esses males! Apesar das dificuldades, muitos se desdobram e vão além do esperado: conseguem curar o físico e confortar a alma. Na pandemia que assolou o mundo todo, pudemos comprovar o valor dos que se dedicam a esse trabalho humanitário e não só nos hospitais.
Mas, creio que há pessoas que curam também, mesmo tendo abraçado outras profissões. Há professores que vão além dos conteúdos da grade curricular: detectam dores ocultas nos olhos de alunos quietinhos ou barulhentos demais; sabem incentivar os tímidos e acalmar os mais indisciplinados… Há patrões que conseguem ver nos subordinados mais do que uma fonte de lucro; veem neles seres humanos com carências e necessidades de todo tipo… Há outros que lidam diretamente com o público e prestam não apenas o serviço solicitado, mas sabem ouvir os desabafos de pessoas cansadas e desalentadas, sem esperança, até. Às vezes, sem perceber, desempenham o papel de psicólogos, só pelo fato de se dispor a ouvir com paciência e empatia.
Esses são apenas alguns poucos exemplos de como seguir as pegadas de Jesus Cristo, com sensibilidade e compaixão nos relacionamentos.
Que esta simples reflexão nos faça lembrar de que a verdadeira religião consiste em cuidar dos necessitados e não se deixar corromper pelo mal, (Tiago 1: 27) e que isso nos torne também pessoas que curam.
Como? Orando uns pelos outros, levando nossos pedidos Àquele que tudo pode e está sempre pronto a nos ouvir e curar.