Um dia destes ouvi do professor e filósofo Leandro Karnal que “Farofa: aumenta a comida pouca, esfria a comida quente e dá sabor à coisa sem graça.”
Então, me perguntei: como poderei agir para desenvolver as características da farofa no meu viver?
“Farinha pouca, meu pirão primeiro” – diz o provérbio popular tentando provar que se deve ter agilidade para se servir, sem se importar com os outros que têm fome. Puro egoísmo em ação!
Mas, para mim, como a farofa, sempre haverá a possibilidade de aumentar a quantidade de comida, se atentarmos à recomendação bíblica: “Ninguém busque o proveito próprio, antes cada um o de outrem”. Difícil ? – Sim, muito! Uma mãe se sacrifica em prol do filho, mas fará isso quando o filho for de outra?Entretanto, é preciso se desprender do egoísmo e, como a farofa, dar um jeito de aumentar a comida dos necessitados. A palavra-chave que me vem à mente nesse caso é “repartir”. Aprendi que não é minha função alimentar 5 mil pessoas, apenas oferecer 5 pães e 2 peixes…
Outra serventia da farofa: esfriar a comida quente. Há os que gostam de beber ou comer tudo “pelando” e os que preferem o alimento mais morno. Dizem até que a sopa quente fica mais saborosa quando estamos acabando de comê-la!
Entendo que nos relacionamentos, quando palavras e atitudes começam a esquentar (e sabemos que as pessoas fervem a diferentes graus…), bom seria agir para esfriar os ânimos. “Bem-aventurados os pacificadores“, lembram? “A palavra branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”.
Por último, a farofa pode dar sabor ao que é sem graça. Que tal tentar afastar a sengracice da vida com um sorriso, um abraço, um presentinho ou uma mensagem carinhosa? Não custa nada e pode iluminar o dia de alguém.
Senhor, ajuda-me a pensar mais nas necessidades alheias, a agir com mansidão e a ser mais amável com o meu próximo!
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