Por: Zeneide Ribeiro de Santana
Serra Negra é uma bela cidade. Pequena, vinte e poucos mil habitantes, está plantada num vale, cercada de lindas montanhas.
Qualquer direção que se tome, partindo do centro, vai conduzir a paisagens indescritíveis. Lá, sim, é possível olhar para os montes e contemplar a natureza generosa, que mescla o azul perfeito do céu com o verde dos cafezais que se esparramam pelas encostas. Mais impressionante ainda depois de uma chuva de verão, quando aparece até arco-íris duplo! Diante de tanta beleza, como não louvar e agradecer ao Criador?
Entretanto, o salmista diz bem : o socorro não vem dos montes, “o meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra”
Como é bom confiar, na certeza de que esse mesmo Deus é o guarda fiel do seu povo, aquele que não dorme, que não permitirá que nossos pés vacilem, que nos guardará de todo o mal…
- A propósito, nunca me esqueci da história que li a respeito de uma senhora, durante a segunda guerra mundial. Quando lhe perguntaram por que deixara de ir ao abrigo subterrâneo, para se proteger das bombas, respondeu que havia lido na Bíblia que Deus não dorme. A partir daí passou a repousar bem, mesmo durante os bombardeios. “Por que, então – disse ela – nós dois temos de ficar acordados?”
O Salmo 121 é também conhecido como o “Salmo do viajante”, por isso a vó Carolina o lia sempre quando um familiar partia para uma viagem, por mais curta que fosse.
E quem somos nós, senão viajantes neste mundo? Portanto, aprendamos a olhar para os montes, a apreciar com gratidão a vista magnífica, mas, sobretudo, permaneçamos convictos de que o Senhor guardará a nossa alma, guardará a nossa saída e a nossa entrada, desde agora e para sempre. Certamente, assim, viajaremos muito mais seguros.
Minha Querida Prima!
É impossível ler o Salmos 121 e não recordar da nossa Avó Carolina… Tenho lembranças fortíssimas dos momentos em que íamos viajar para Itapetininga, Gramadão, Biscoito Duro, Capão Bonito e antes da viagem nos reuníamos para orar e logo a Vó pedia: “Leví… leia o Salmos 121… ” Meu pai começava a ler e ela acompanhava em voz baixa (sem ler).
Estou gostando muito de compartilhar deste lindo e belíssimo blog!
“Gracias” pelo carinho…
Bjs,
Katia
Katia, querida
É verdade que nossa avó deixou não apenas lembranças, mas exemplos de vida consagrada a Deus e à família.
Para mim, na sua fragilidade física, ela transpirava força. Que possamos, nós também, ter essa fé. Obrigada pelas
palavras carinhosas. Beijo.
Já cheguei a ver um arco- íris lindíssimo também, com a Vó Braulia em Serra Negra na casa da Mildreane. Só estava eu e ela na cozinha, todos na casa haviam saido e pela janela de vidro, ficamos admirando, não me esqueço dessa cena! Me lembro sempre dela e desse dia, quando vejo um arco-íris.
Como é bom ter essas lembranças! Arco-íris e vó Braulia juntos, então… Precisamos continuar atentas às maravilhas de Deus, ainda mais nestes tempos tão agitados!