Quanta gente se consome trabalhando, desgastando-se física e emocionalmente, com o único objetivo de ganhar dinheiro! Normal- argumentam. Concordo, pois “digno é o trabalhador do seu salário“, como afirmam as Escrituras Sagradas. Precisamos, de fato, suprir as necessidades básicas de moradia, alimentação, saúde, educação… nossas e da família. E para isso, claro, o dinheiro é imprescindível. Nem vou me referir aqui à desigualdade da distribuição de renda ou à injustiça salarial que discrimina grupos sociais. Refiro-me à ganância, ao desejo insano de consumismo, à ostentação, à competitividade pelo status, pelo poder, pela posse, enfim.
Trabalho é bom, é realização; ganhar dinheiro é necessário, sem dúvida, mas não deveria ser a meta principal. Penso que o ideal é fazer o que dá satisfação, ser útil para os outros e ter bom pagamento por isso, nessa ordem.
Muitos pais prometem compensação financeira, roupas de grife, viagens ou produtos eletrônicos de última geração em troca de boas notas, por exemplo. Até respeito quem premie esses méritos, como incentivo. Mas, troca monetária? Tudo por dinheiro? Esforço só para obter vantagem?
“Aprendi que as crianças são as peças de construção da raça humana. Se elas forem tortas, a próxima geração será torta também” – palavras de Kit, personagem do romance “A Casa das Orquídeas“, de Lucinda Riley.
Gosto das propagandas da Master Card, que enfatizam certas coisas que “não têm preço”.
Talvez o diálogo que transcrevo a seguir ilustre melhor meu ponto de vista:
Jornalista para Madre Teresa de Calcutá:
– Por dinheiro nenhum eu faria o que você faz..
Madre Teresa respondeu:
– Nem eu!
Admiro essa senhora que se dedicou a tantos, em situações deploráveis, ela mesma tão frágil e necessitada de ajuda.
Que dizer, então, de Jesus Cristo que “subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus, antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se, em semelhança de homens e reconhecido em figura humana”. (Filip. 2: 5-7)
Se alguém lhe pedisse para estabelecer o valor financeiro do seu sacrifício de amor, possivelmente também responderia:
– Por dinheiro nenhum!
Porque “Deus amou o mundo de tal maneira que DEU seu filho unigênito…”