Vocês conhecem a Fábula do Porco-espinho? Aqui vai a transcrição:
“Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente; mas, os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso, decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.”
A convivência é mesmo difícil e o melhor relacionamento acontece quando se aprende a respeitar a individualidade e a valorizar as qualidades do outro. Facilmente nos esquecemos dos nossos próprios espinhos; também podemos incomodar, irritar, machucar as pessoas com o nosso egoísmo, nossas ironias ou implicâncias. Mas, o que bem sabemos é reclamar das vezes em que somos feridos.
Tão importante e também tão ignorado é aquele conselho de Jesus Cristo: “Fazei aos outros o que quereis que vos façam”. Se o seguíssemos, certamente conseguiríamos aparar ou até mesmo extirpar nossos espinhos para que nos aproximássemos com maior suavidade do nosso próximo.
Há um cântico de gratidão, em que o autor assim se expressa:
“Graças pelo azul celeste e por nuvens que há tambémPelas rosas do caminho e os espinhos que elas têm.”
Nestes tempos em que tanto se fala em relacionamentos, que sejamos incentivados a praticar de verdade aquilo que aprendemos sobre compaixão, solidariedade e amor, vivenciados com perfeição pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo.