Sobre o milagre de Jesus, lemos em Mateus 12: 9-13:
“E, partindo dali, chegou à sinagoga deles (fariseus).
E, estava ali um homem que tinha uma das mãos ressequida; e eles, para o acusarem, o interrogaram, dizendo: É lícito curar nos sábados?
E ele lhes disse: Qual dentre vós será o homem que tendo uma ovelha, se num sábado ela cair numa cova, não lançará mão dela, e a levantará?
Pois, quanto mais vale um homem do que uma ovelha? É, por conseqüência, lícito fazer bem nos sábados.
Então disse àquele homem:
– Estende a tua mão.
E ele a estendeu, e ficou sã como a outra.”
Homem da mão ressequida
Tão triste, tão estéril.
Mão inútil, acessório apenas,
Peso morto…
Terrível acordar todo dia
E constatar novamente
Que a mão ressequida está ali
Inoperante, um transtorno, enfim.
Todo o vazio do que poderia ter sido e que não foi.
Frustração ambulante.
De repente, o inacreditável :
Sob o comando do Mestre
A mão ressequida se recompõe,
Se movimenta, se reanima…
Seus nervos, antes atrofiados,
Agora se transformam
Em fios condutores da ação!
Homem da mão renovada
Tão surpreso, tão feliz!
Parece-me vê-lo movendo-a
Exibindo-a como um atestado vivo
Do poder divino.
Parece-me ouvir o som alegre
Partindo daqueles lábios
Que se abrem num sorriso,
Enquanto as duas mãos, agora perfeitas,
Se unem num gesto bonito
De profunda gratidão.