Por: Zeneide Ribeiro de Santana
Naquela manhã, entrei no ônibus com dificuldade. Iria tomar mais uma injeção para tratar a dor que gritava no joelho esquerdo.
Sentei-me ali na frente e logo vi a linda menininha, de uns três anos, no colo da mãe, no banco ao lado. A menina sorriu, toda simpática, e retribuí, surpresa. Seria mesmo para mim aquele sorriso? Olhei para trás e vi um velhinho olhando distraidamente
pela janela e também uma moça que falava ao celular. Mais adiante, duas senhoras tagarelavam animadamente em voz alta.
Sim, era eu o alvo daquele lindo sorriso, sabe, daquelas poucas pessoas que conseguem rir com o rosto todo, especialmente com os olhos? Então, acenei para ela e ela acenou de volta, sempre com ar feliz.
Naquele momento lembrei-me de que “o anjo do Senhor se acampa ao redor dos que o temem e os livra.” Seria aquela criança um anjo sorridente? Mas livramento é uma palavra que me sugere desastre, perigo, grandes aflições. Não estaria aquele anjo encarregado de me livrar de outras coisas, como indiferença, insensibilidade, autocomiseração pela dor física?
Quando a mãe, ajeitando a bolsa e a criança, se levantou para descer do ônibus, a garotinha se virou e – maravilha das maravilhas – estalou um beijo com a mãozinha espalmada e saiu, acenando “tchauzinho”, sem que a mulher percebesse.
Enquanto refletia em como Deus se faz presente e no quanto devemos ser gratos pelas pequenas coisas que nos alegram e nos revelam seu amor, aquela mãe seguia pela calçada, talvez inconsciente de que carregava um anjo em seus braços cansados.
Minha irmã querida…
Vc que com seus olhos de anjo consegue enxergar coisas boas diante de quaisquer problemas.São os olhos da alma que nem todos tem a capacidade de ver. ate admiro e vc sabe disso. bjs Zélia
OI, caçulinha!
Só agora li seu comentário. Sou muito iniciante ainda… Obrigada pelas palavras tão bonitas, que me comoveram. Também te amo, menina!