Brilho

Por: Zeneide Ribeiro de Santana

Parafraseando o título do clássico de cinema “Por quem os sinos dobram”, baseado no livro homônimo de Ernest Hemingway, pergunto: Por que(m) seus olhos brilham?” São muitas as possibilidades de resposta. Entre outras:

–  por um prato saboroso

–  por uma grande soma de dinheiro

–  por um presente caro

–  por uma surpresa boa

–  pela expectativa  de uma viagem internacional

–  por uma paisagem deslumbrante

–  por uma roupa da moda

–  por um carro importado

–  por uma joia valiosa

–  por uma casa nova

–  por si mesmo…

No livro “Um dia” de David Nicholls, logo no início, ao descrever o personagem Dexter, o autor assim se expressa: “parecia estar sempre posando para uma foto”. De fato, era um belo rapaz, mas totalmente centrado em si mesmo.

Entretanto, há pessoas que têm um brilho próprio, independente da idade, da aparência, dos trajes ou do lugar onde moram. São pessoas iluminadas, que sorriem com o rosto todo, que acolhem, que transmitem segurança, alegria, conforto, abrigo aos que delas se aproximam.

E de onde vem esse brilho? Creio que deve ser produzido pelo amor, deve ser a luz de Cristo, que assimilaram, interiorizaram de tal forma que chega a escapar pelos olhos e transparece na fisionomia. Evidente que pessoas assim sentem tristezas e têm problemas como todas as outras. Mas, parece que levaram a sério a  recomendação de Cristo: “De tal modo brilhe a vossa luz diante dos homens que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que está no céu.”  

Que nosso olhar possa refletir o brilho igual ao daqueles que aprenderam a amar e por isso conseguem desfrutar da verdadeira paz.

Vejam que maravilhosa comparação: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. ”  ( Prov. 4:8)