Quem já não sentiu, no friozinho de uma tarde chuvosa, aquela vontade louca de tomar chá ou café bem quente com bolinhos de chuva? Estou me referindo àquelas delícias que levam como ingrediente principal o carinho das mães ou das avós. Àquelas com sabor incomparável, mistura de açúcar e canela, que conseguem atrair crianças à volta da mesa da cozinha, ultrapassam o tempo e invadem a memória, despertando antigas e queridas lembranças.
No meu tempo de infância havia também os bolinhos de polvilho, iguaria típica da nossa região do interior paulista. Levavam farinha de milho, eram bem amassados com antecedência, pois a massa precisava descansar. Eram, então, enrolados com arte, levavam uns toques diagonais com o garfo e precisavam ser fritos em fogo baixo, que deveria ser aumentado no momento certo, para que crescessem e ficassem crocantes. Se esse ritual não fosse seguido, havia o perigo de que “estourassem” no óleo quente, espirrando massa por todos os lados. Quando isso ocorria, era uma festa para a criançada, que gritava e ria do susto, uns dos outros. Bons tempos, inesquecíveis bolinhos…
Tudo isso me veio à mente quando li hoje a publicação da prima Elzeli, que diz amar as redes sociais pela possibilidade de “encontrar” a família e os amigos numa tarde fria e chuvosa, sem sair de casa. Entretanto, lamenta a falta do calor humano desses encontros e a falta da comunhão em torno do café com bolinhos de chuva.
Verdadeiramente, vivemos numa época especial, em que a tecnologia nos aproxima, nos faz saber novidades incríveis em tempo real, mas também provoca em nós uma nostalgia pelas perdas em termos de relacionamento.
Que o bom Deus, que nos permitiu viver neste tempo de grandes transformações, conceda a cada um de nós o discernimento necessário para a convivência real, pacífica e harmoniosa com o nosso próximo.
Quem sabe não seja esse o tempo de deixarmos as divergências de lado e nos reunirmos em volta de uma mesa para saborear, junto com os bolinhos, as delícias de boas risadas compartilhadas amigavelmente?
Olá Zeneide! Parabéns pelos seus excritos… Gostei especialmente deste, pois era uma das especalidades de mamãe Tereza. Belas lembranças permearam meus pensamentos enquanto li sua crônica. Também gosto de registrar meus sentimentos e emoções, considero uma maneira de eternizar nossos pensamentos e divulgar pequenos nadas que preenchem com magia e simplicidade o agitado cotidiano da vida moderna !
Obrigada, Carmo! Não tive o privilégio de provar os bolinhos da d. Tereza ( partiu cedo demais…). Mas, lembro-me sempre daquele pavê de massa folhada, sem igual… Você precisa fazer um Blog para publicar seus textos, pois, com certeza, tem muito o que registrar. Beijo.
Hummm, Zeneide, vendo essa crônica sua e ainda de quebra com essa foto maravilhosa de dar água na boca, me deu uma vontaaaade de fazer esses bolinhos e tomar com um cafézinho beeeem gostoso, ne? Parabéns! Beijo
É, Diva, pelo jeito temos de marcar um café com bolinhos na igreja, já que tem tanta gente com vontade… de comer, é claro. Para fazer, pediremos ajuda aos “universitários”, no caso para você, que é especialista.Você e eu poderemos auxiliar as avós.Não é uma boa ideia? Beijo.
Me deu uma vontade de comer bolinho de chuva! ^~^
Oi, Éder, veja o que respondi para a Diva. Concorda? Beijo.
Acho que o Alex sentiu o cheiro do bolinho lá em Itanhaém, pois pediu neste mesmo dia que lhe fizesse bolinho de chuva…Que coincidência! Ou seria resultado do frio e da chuva?
Não tem mau gosto esse seu marido… Veja a sugestão que escrevi para a Diva, aí em cima. Topa? Beijo.