Pôr-do-sol

A natureza oferece-nos espetáculos fascinantes, sempre, numa diversidade de cores, de sons e de aromas.

Li, há tempos, na “Seleções”, que um policial deteve um carro, numa rodovia, à noite. Logo foi tranquilizando o motorista surpreso, dizendo que não suspeitava de nenhuma infração e que nem precisava mostrar os documentos do veículo. Pediu que ele descesse para observar o vale lá embaixo. Realmente, o cenário era de tirar o fôlego: o lago refletia a lua cheia e as árvores prateadas pelo seu brilho, à frente de montanhas cobertas de neve. Alheio às estrelas que faiscavam, um alce projetava sua sombra, caminhando vagarosamente. Vendo o motorista sorrir de puro encantamento, o guarda falou: “Viu por que parei seu carro? Eu TINHA de compartilhar isso com alguém!

Como diz minha filha, o Artista mostra diariamente suas obras-primas; basta prestar atenção. Uma delas é o pôr-do-sol, que tinge o céu dos mais variados matizes . E é sempre um momento único, mágico mesmo. Mas, não apenas sua beleza me fascina, pois assinala o final do dia, de um ciclo de atividades. Marca também a passagem da luz para a escuridão da noite. Entretanto, esse fim também é o começo de um período de repouso, de pausa para o cansaço do corpo e do espírito.

Ao mesmo tempo, o sol que desaparece aqui, reaparece do outro lado do globo, anunciando o início de um novo dia lá. Como não se encantar com essa dinâmica tão inteligentemente elaborada , que só podia mesmo ter saído da mente incomparável de Deus?

Crer nesse Deus, viver na dependência da sua vontade é descansar, restaurar as energias para novamente poder contemplar o sol que renasce, mesmo quando se oculta por trás das nuvens de chuva; não o vemos, porém sabemos  que ele está lá. Da mesma forma, temos a certeza  de que sempre “perto está o Senhor”.