“Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento…”
“Nem tudo que reluz é ouro…”
“As aparências enganam”, sim, muitas vezes.
Pois não é que resolvi presentear algumas pessoas com abóboras que nasceram espontaneamente por aqui? São de um tipo diferente, casca dura como moranga, mas de formato ovalado, grandes e bonitas, de cor laranja forte. Fiz doce, que ficou bem saboroso e outros também fizeram. Houve quem postasse belas fotos no Facebook, provocando vontade nos amigos, não é, Diva?
Mas a Rosana, aquela do frango cru, lembram-se? Para não ser injusta, aquela do bolo maravilhoso de abacaxi com coco, também ganhou uma, mas, quando abriu a dita cuja, notou que ela continha muitos “hóspedes” : bigatos, aqueles bichinhos nojentos. Educada, nem me contou (havia até mandado mensagem de agradecimento). Fiquei sabendo por terceiros e fiquei com muita vergonha. Prometi levar-lhe outra, aberta, por via das dúvidas.
Tudo isso para comentar sobre a aparência que pode induzir ao erro, em inúmeras situações. Somos enganados pelo brilho das bijuterias que se passam por joias verdadeiras, por obras de arte falsificadas, por pratos finamente decorados, com sabor insuportável, só para dar alguns exemplos. Pior mesmo é ser ludibriado por pessoas: políticos desonestos, negociantes inescrupulosos, chefes incompetentes, que se apropriam da criatividade dos subordinados, líderes religiosos manipuladores… E nada disso é novo. Jesus já havia dito aos fariseus : “Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão.” (Mateus 23:27)
E nós? Será que aparentamos o que somos realmente ou procuramos camuflar nossas falhas, tentando passar uma imagem positiva, sempre? No “Poema em Linha Reta”, Fernando Pessoa assim se expressa:
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida…
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Mas, há alguém para quem não podemos fingir. Por isso, humildemente oremos como o salmista: “Sonda-me, ó Deus e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” Amém.
NÃO ABRI A MINHA AINDA… MAS A APARENCIA É OTIMA!!!!
Espero que esteja aproveitável… Boa sorte!
Ze, como sempre nos surpreendendo com crônicas tão criativas e lindas. Saudades, bjs.
E você, gentil como sempre. Saudade também. Beijo.
Dona Zeneide….
sempre nos ensinando de alguma forma neh?
que Deus permita que a senhora sempre escreva,
que tenha saúde e motivação,
pois é absurdo o quão nos toca com os textos!
que eu possa orar como o salmista e aprender com suas palavras
um beijo e um abraço enormeeeee
ahh minha mãe tb fez a dela e estava ótima!
Muito obrigada, norinha querida! Todos precisamos aprender com a palavra de
Deus, que “é lâmpada para os pés e luz para o caminho”.
Beijo para você e para sua mãe também.
Zeneide, sempre com palavras que edificam os nossos corações.Parabéns, que Deus continue fortalecendo sua vida junto a familia… Quanto a moranga, por fora estava linda.
Quando abrí percebí os bigatinhos dentro dela.Más é assim mesmo! comprei uma melancia, por fora estava linda, bem verdinha, e na hora que abrimos.que susto! toda aguada e branca.Más é assim mesmo.O importante é que voce mandou para mim de coração e fico feliz por mais uma vez lembrar-se de mim nas sus historias. grande beijo.
Ainda bem que nossa amizade não depende das aparências, não é? Você é muito querida, por isso tenho liberdade de “mexer” com você nos meus textos. Beijo.