Lampejos da graça

Certas palavras nos impressionam pelo significado ou, então, pela sonoridade.

Sons abertos, geralmente, produzem boas sensações, como em amizade, liberdade, alegria, claridade… Porém, os sons mais fechados podem provocar sentimentos negativos, como em noturno, fúnebre, escuridão, túmulo… Já cintilante, luminosidade, brilho são termos que nos remetem ao efeito benéfico da luz na natureza e em nós próprios.

Nestes dias prestei atenção na palavra lampejo, usada metaforicamente pelo pastor William Ramos, para se referir à ação de Deus em nossa vida. Lampejos da graça- ele disse. Sabemos que graça é um favor não merecido: “Pela graça sois salvos mediante a fé  e isso não vem de vós; é dom gratuito de Deus” – diz a Palavra de Deus.  “A minha graça te basta” – ouviu o apóstolo Paulo, depois de pedir que lhe fosse retirado o espinho da carne.

O maior de todos os milagres é, de fato, a manifestação da graça salvadora, por meio de Jesus Cristo, que possibilita o acesso ao Pai e ao seu reino de paz e de  justiça.

Entretanto, no dia-a-dia, é possível perceber lampejos dessa graça. Só que nem sempre estamos atentos a eles,  espalhados abundantemente na própria Palavra de Deus…Podem ser notados na singeleza de uma flor campestre, no canto dos pássaros, no mistério do orvalho da manhã, na multiplicidade das cores do arco-íris, nos tons indescritíveis do pôr-do-sol, no brilho prateado do luar…  Isso para não falar da visita do amigo, do abraço do irmão, do telefonema oportuno, do e-mail carinhoso, da cumplicidade do olhar do companheiro, do sorriso espontâneo da criança…

Somos presenteados a todo instante por esses  flashes, amostras grátis da eternidade com Cristo.

Que esta reflexão sirva para nos despertar e nos motivar na caminhada. Que nos faça lembrar que não estamos sós nem desamparados, pois podemos contar sempre com os lampejos da graça de Deus.