Crescimento

Por: Zeneide Ribeiro de Santana

Quando plantamos sementes ou mudas, gostamos de observar a germinação e de acompanhar o surgimento das folhas, uma a uma. Quem semeou feijões no algodão molhado já sentiu isso. Ficamos satisfeitos, pois nos sentimos participantes do milagre da criação.

Se a criança não apresenta crescimento compatível com a idade, os pais se preocupam e procuram os médicos.

Crescimento é algo natural e esperado, em todos os sentidos. Quem não deseja ascender no campo profissional? Cursos de aperfeiçoamento e de especialização surgem em profusão e são procurados em toda parte, nas mais diversas áreas de atividade. Não há espaço para a estagnação.

Normal é o desejo de promoção, inerente ao ser humano, pois só caranguejo não anda para a frente. Entretanto, é preciso cuidado com o modo pelo qual se cresce e com a postura no processo de ascensão. Costumava dizer aos meus alunos que o estudo é o melhor meio honesto de subir na vida. Pisar nos outros ou usar meios desleais podem até funcionar, mas não produzem tranquilidade de consciência nem paz de espírito.

Orgulho, ostentação, superioridade, autossuficiência geralmente são sentimentos que se incorporam aos vitoriosos nas mais variadas situações. Mas, João Batista, o  precursor de Jesus Cristo, quando ouviu sobre os milagres do Mestre e das multidões que o seguiam, expressou-se assim: “Convém que Ele cresça e que eu diminua!” Que exemplo de humildade daquele que tanto se empenhou na missão de preparar o caminho para o Senhor e que acabou decapitado pelo rei Herodes, por tê-lo repreendido corajosamente!

Crescer, tornar-se excelente no que se propuser a realizar, sim! Mas é bom não nos esquecermos de que a inteligência, a capacitação, os talentos, o espírito empreendedor e a determinação são presentes de Deus, pelos quais devemos agradecer, sempre. E, como cristãos, precisamos crescer também na adoração, na comunhão, no testemunho e no serviço.

“Não a nós, não a nós, ao teu nome, porém, seja a glória.”  Sim, Soli Deo Gloria!