Encantador aquele coqueiro posicionado no canto do terreno. Folhas ao vento, formava um belo contraste com o céu sempre azul. Moldura perfeita, local preferido para fotos ao lado da piscina. Porte majestoso, abrigava pássaros que se empoleiravam para bicar os coquinhos dourados, numa algazarra sem fim.
Depois de alguns dias de ausência, chegando de viagem, vimos que havia chovido e ventado muito, pois o chão estava forrado de folhas e galhos secos. Notei algo diferente e não demorei a perceber:
– Cadê o coqueiro?!
Olhando pela mureta, enxergamos a pobre árvore caída no meio do cafezal, com o tronco partido ao meio. Havia apodrecido e, por isso, não resistira à forte ventania. Que pena! Ninguém havia percebido que ele estava comprometido, mas, mesmo que soubéssemos, não creio que conseguiríamos salvá-lo.
Passados alguns anos, ainda tenho saudade daquele verde esvoaçante, que por tanto tempo ocupou aquele cantinho agora tão vazio…
A figura da árvore é usada no Salmo I para mostrar como é a vida de uma pessoa bem-aventurada, feliz : “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.”
A comparação com a árvore plantada em lugar bem regado demonstra a naturalidade da bênção divina na vida dos que se submetem aos mandamentos do Senhor. A prosperidade, no conceito verdadeiramente cristão, nem sempre se refere às riquezas e “a felicidade é um subproduto da santidade”, como ouvi numa mensagem.
Entretanto, o ímpio não é comparado a uma árvore plantada em terreno árido, mas sim à palha que o vento dispersa. Triste e inútil.
Para os que estão determinados a alcançar um objetivo especial em sua vida, que a escolha seja receber os cuidados do agricultor por excelência, nosso Pai Celestial.
