Por: Zeneide Ribeiro de Santana
Vó Júlia acabou de completar noventa e cinco anos. Lúcida, forte, amável como sempre foi.
Lembro-me dela desde sempre. Ela e o Sr. Jatir tiveram sete filhos: Josué Gerson, Artur, Sérgio Paulo, Tercio, Marcos, Mara e Marta. Seu esposo, excelente alfaiate e presbítero atuante na IPI de Itapetininga, faleceu cedo. Já viúva, com a perda da nora e, depois, do filho Artur, encarregou-se de cuidar dos quatro netos órfãos.
Apesar das perdas, dos afazeres e compromissos, D. Júlia permaneceu firme na fé, colaborando prazerosamente nas atividades da igreja.
Frequentávamos sua casa desde crianças. Ela sempre nos recebia alegremente, com seu delicioso bolo fofinho, com cobertura de chocolate. Calma, fisionomia serena, também é bem-humorada. Uma vez, quando adolescente, ela foi minha amiga secreta e me mandou uma cartinha cheia de enigmas. Depois de um trabalhão, decifrei o texto, mas não a autoria…
D. Júlia e minha mãe foram grandes amigas, companheiras nos trabalhos da igreja, principalmente nas visitas a enfermos. Tão grande era a amizade e a proximidade entre nossas famílias, que produziu a união dos seus filhos Josué Gerson com a Vasti, minha prima e do Sérgio Paulo com a Zeni, minha irmã.
Habilidosa, faz crochê muito bem. Confeccionou centenas de marcadores de Bíblia, em forma de crucifixo, com linha fina, uma beleza! Também tive a alegria de ganhar um deles.
Encontra-se atualmente se recuperando de uma cirurgia, por causa de uma fratura no fêmur. Sua saúde chega a ser irritante, nas palavras do genro brincalhão. Há poucos dias, a Julica, como a chama carinhosamente o pastor Sérgio, comemorou o aniversário cercada pelo carinho dos filhos, genros, netos e bisnetos.
Outubro/ 2013
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Nossa oração é de agradecimento por sua vida, tão útil e exemplar. Também, hoje, quarto aniversário da sua partida, rogamos a Deus que console o coração dos familiares, que continuam saudosos e gratos a Deus pelo exemplo de sua fé e pelo amor que ela soube distribuir tão bem entre todos os seus queridos.
Obrigada gandre amiga e irmã Zeneide, pelo carinho e sensibilidade que descreveu minha mãe. Deus continue a abenço-la com esse maravilhoso dom de reproduzir na escrita o cotidiano dos entes queridos. Um gandre beijo com amor fraternal em Cristo Jesus. Marta.
Não precisa agradecer! Adorei ser chamada de “irmã” pela caçulinha. Realmente, nossas famílias têm um parentesco sólido, pelo amor em Cristo que nos une. Beijo para todos.
Essa deusa ao invés de avó é minha mãe que me criou e me educou, “Eu te amo Julica”.
Artur Pedrozo de Almeida Junior (Tuco).
Que lindo, Tuco! Tenho certeza de que ela é mesmo sua mãe querida e ama você de todo coração.
lindo texto!!!! bem merecido é claro!!!
Obrigada! Maravilha alcançar longevidade com tanta lucidez, não é mesmo? Deus abençoe nossas queridas! Beijo.