Todos os demais clientes, em outras mesas, que escutaram o pedido do menino começaram a rir, exceto uma senhora rabugenta, que fez o seguinte comentário:
– Que lástima! As crianças de hoje não sabem nem falar com Deus… Pedir sorvete para Ele! Eu nunca vi isso! Só me faltava essa!!!
Escutando-a, meu filho ficou preocupado e quis saber:
– Eu fiz alguma coisa errada? Deus está zangado comigo?
Enquanto eu o abraçava, assegurei-lhe que ele havia feito uma linda oração e que Deus, com certeza, não estava nem um pouco zangado com ele…
Nisso, um cavalheiro mais idoso aproximou-se da mesa, deu uma piscada para o garoto e disse:
– Eu fiquei sabendo que Deus achou maravilhosa a sua oração…
– Mesmo? Perguntou eufórico o meu filho.
– Dou a minha palavra – respondeu o homem.
Então o velho abaixou-se para que sua boca estivesse na altura do ouvido do menino, e num sussurro teatral, acrescentou (indicando a mulher cujo comentário havia desencadeado aquelas dúvidas):
– Que pena que ela nunca tenha pedido um sorvete a Deus… por isso a vida dela é assim tão amarga…
Naturalmente, após o almoço, comprei o tão desejado sorvete para o meu filho. O garçom o trouxe em duas taças… A minha, ofereci também ao meu filho. Ele olhou fixamente para elas por alguns segundos e, então, fez algo de que nunca me esquecerei para o resto de minha vida. Pegou uma das taças e, sem qualquer anúncio do que faria, caminhou na direção da mulher, e ao se colocar de frente a ela, sorrindo, entregou-lhe a taça, e disse:
– Olha, este sorvete é para você! O Senhor Deus me atendeu o pedido e Ele até me mandou mais de um. Tome, esse Deus mandou para a senhora!
Postado por Cícero Volney
Devemos ser como as crianças, simples, sinceras e reconhcidas.
É verdade. Por isso mesmo, Jesus advertiu para que as imitássemos. Nem sempre é fácil, não?