Recordando um pouco as orações subordinadas adverbiais concessivas, introduzidas por “ainda que”, “embora”, “mesmo que”, “apesar de”…
Embora estivesse doente, foi trabalhar.
Mesmo que você não queira, irei ajudá-lo.
Apesar de tudo sair errado, eles não desanimaram.
Lembram-se? Essas orações passam a ideia de concessão, de algo contrário ao que deveria ocorrer normalmente.
Na Bíblia, encontramos alguns versículos que expressam concessão:
“Ainda que meu pai e minha mãe me desamparem, o Senhor me acolherá” (Salmo 27:10).
Difícil imaginar que pais normais abandonem seus filhos, como acontece na história de João e Maria. Absurdo contar para crianças um caso tão cruel, de filhos largados na floresta à mercê de grandes perigos. Pior ainda, acolhidos por alguém “do mal” que só os atrai com doces para depois devorá-los! Mas, ainda que isso nos aconteça, temos a garantia de que seremos abrigados pelo amor do Pai Celestial.
Escreve o profeta Habacuque: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.”
Situação terrível para quem trabalha arduamente na agricultura e na pecuária: nenhum resultado depois de tanto esforço! Mas, diante da frustração, a fé inabalável produz a certeza de que o Senhor dará um jeito, indicará uma solução. Daí procedem a alegria e a exultação do profeta.
Por isso, amigos, ainda que nossas finanças estejam decrescendo, que nossos relacionamentos estejam por um fio, que nossa saúde seja fortemente abalada, vamos manter a esperança. Sabemos que nosso Deus está perto, é uma rocha firme, um abrigo seguro. Afinal, Ele é único, o Deus forte que provê, que cura, que conforta, que salva. A Ele todo o louvor e gratidão.