Cotidiano

Banco ao relento

Written by Zeneide

 

 

Outro dia, uma pessoa muito querida postou uma foto  como a de cima e escreveu:

“Na vida, há momentos em que sentimos o perfume das flores, a brisa, o vento, o orvalho nos campos e percebemos que nada mais somos que um banco esquecido ao relento.”

A princípio, até concordei, pois não é raro alguém sentir-se estranho, esquecido, abandonado. Todos vivem momentos de tristeza, de melancolia, até mesmo de depressão. E, às vezes, esses sentimentos doem mais porque nos achamos vítimas de injustiça. “Eu, que fiz tanto, não merecia aquele tratamento…” Quanto mais nos aprofundamos na autocomiseração, mais difícil  resolver o problema.

Mas, amiga, pensando melhor, o banco é útil: um convite ao descanso, à reflexão, podendo até servir de cama, em certos casos. Nele pessoas podem conversar, namorar, reconciliar-se, construir novas amizades. É verdade que ele fica exposto ao tempo e à sua ação devastadora. Sujeira e umidade prejudicam sua aparência e fragilizam sua estrutura. Mas, quando vem o sol, tudo se revigora e lá está o banco, seco, novo convite ao repouso. Sim, ele resiste às intempéries.

Assim como um banco ao relento depois de uma chuva forte e de um vento impiedoso, precisamos nos renovar e nos sentir úteis, prontos para enfrentar as dificuldades que sempre chegarão para quem se dispõe a servir o próximo.

Maxwell Maltz, psicólogo e escritor, escreveu Baixa autoestima é como dirigir pela vida com o freio de mão puxado.”

Portanto, querida amiga, já passou da hora de soltar esse freio de mão e caminhar confiante, ciente de que é especial para Deus, que a ama e a conhece como ninguém. Sabe de suas dores, das suas falhas, das suas incertezas, de todas as lutas que enfrentou e ainda enfrenta. Mas também sabe da sua dedicação, do amor que tem pelos familiares, do desejo de que sejam abençoados a cada dia.

Não a conheço tão bem assim, mas sei que você é forte e capaz de superar qualquer desânimo momentâneo. Deus a abençoe com paz e alegria.

About the author

Zeneide

Meu nome é Zeneide Ribeiro de Santana, professora de Língua Portuguesa e Literatura. Já sou aposentada e aproveito meu tempo lendo bastante e tricotando um pouco.

3 Comments

  • Querida cunhada Zeneide, agradeço sua palavras de estimulo , seu gesto para despertar novo motivo para reagir. Afinal todos os dias temos novas tarefas, novos momentos e precisamos arregaçar as mangas e partir para uma nova etapa .Estou aqui na praia , consegui neste refugio, pensar com clareza e perceber ,tudo que aconteceu e o quanto Deus está me guiando. Eu precisava me afastar da vida deles, mas não conseguia sair sem culpa, então aquele desentendimento foi a gota de água que faltava .Eu cheguei a conclusão que é hora de cada um ter seu espaço .O tempo vai se encarregar da reconciliação, vamos aguardar
    .

  • Gosto muito este versículo do Salmo 46: “Aquietai-vos e sabei que sou Deus.” Abraço.