Havia uma pequena fila para o caixa eletrônico. Quando chegou minha vez, ao retirar o cartão da bolsa, derrubei o porta-moedas… aberto! Elas se espalharam por todo o espaço. Então, ouvi:
– Eba!!!
Era uma linda menininha sorridente, de pouco mais de três anos, que bateu palmas de alegria. Imediatamente ela se agachou e começou a catar as moedas. À medida que as pegava, ia me entregando. Para alcançar uma delas que caiu num lugar difícil, ela se estendeu de barriga no chão, com sua bela roupa clarinha, clarinha. Olhei para o pai que sorria, encantado com a filhinha prestativa ajudando uma desconhecida. Imagino que a mãe dela não deve ter sorrido nem um pouco quando a viu chegando com o vestido todo manchado, com os joelhinhos sujos de terra.
Já faz bastante tempo que isso aconteceu, mas sempre que vou a essa agência, lembro-me da garotinha. E fico pensando na atitude do Mestre ao tomar como exemplo uma criança. Acho que foi pela pureza, pela sinceridade, pela alegria, pela humildade, pela confiança, mas também pela espontaneidade das atitudes dela.
Já cantou Gonzaguinha: “Eu fico com a pureza da resposta das crianças: É a vida! É bonita e é bonita!”
É preciso, claro, amadurecer na fé, crescer espiritualmente, mas importante também é conservar ou readquirir as características infantis que encantam e ensinam os adultos. Que, principalmente, tenhamos mais iniciativa e sejamos espontâneos na convivência com o próximo. Ajudar porque é bom, sorrir porque faz bem.
O poeta Mário Quintana escreveu: “O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores.”
Hoje, me sinto feliz quando vejo meus netos mostrando-se prestativos. Parecem estar desenvolvendo esse dom. Graças a Deus!
Que bela homenagem ás crianças em seu dia! Lindas, alegres, espontâneas….
A esperança está nos olhos delas, não é mesmo?