Um homem, muito desanimado com a vida por causa da sua aparência, entrou em uma Igreja e, sozinho, desabafou em alta voz com Deus:
– Senhor, aqui estou eu só. Vim à igreja porque aqui não tem espelhos pra que eu veja minha própria miséria! Nunca me senti satisfeito com a minha aparência. Por que o Senhor me criou assim?! Antes não tivesse nascido!
Enquanto ainda derramava sua indignação perante Deus, subitamente uma folha de papel caiu aos seus pés, vinda do alto do templo. Atônito, ele a apanhou e começou a ler a mensagem que estava escrita ali:
A feiura é invenção dos homens e não minha. Não importa se os braços são longos ou curtos. Sua função é o desempenho do trabalho honesto.
Não importa se as mãos são delicadas ou grosseiras. Sua função é dar e receber bem.
Não importa a aparência dos pés. Sua função é tomar o rumo do amor e da humildade.
Não importa se a cabeça tem ou não cabelo, mas sim os pensamentos que passam por ela.
Não importa a cor dos olhos. O que importa é que eles vejam o valor da vida.
Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativo. O que importa são as palavras que saem dela.
Atônito, o homem foi saindo da igreja, e na porta de vidro viu o seu reflexo. Bem no meio de seu reflexo estava escrito:
“Veja com bons olhos seu reflexo neste vidro e lembre-se de que em tudo que existe escrito sobre Mim não há uma única linha dizendo que sou bonito” (Jesus Cristo)