Gentileza

– Professora, por gentileza, a senhora pode ver quantas faltas eu tenho neste trimestre?

– Pois não! – respondo. Há quanto tempo não ouvia isso!

– Aluno perguntando sobre as faltas?

– Não! A maior parte fala: “Veja aí quantas faltas eu tive!” Difícil é alguém pedir educadamente como você!

O corredor do ambulatório era largo mas, como havia fileiras de cadeiras dos dois lados, a passagem ficava um tanto restrita.

Outro dia, uma médica vinha andando ao lado de uma senhora da limpeza, que empurrava um carrinho cheio de produtos. O espaço mal dava para o carrinho. Então, a médica parou e, sorridente, fez um sinal para a senhora passar.

Um senhor idoso que folhava uma revista e também observava a cena, falou para a jovem:

– Parabéns, doutora!

E ela:

– Por quê?

– Pela sua gentileza e educação.

– Mas não fiz nada de mais! Nós duas trabalhamos aqui, só que em áreas diferentes!

Chegamos a um ponto em nossos relacionamentos que o normal é tido como exceção. Reportagens são mostradas nos telejornais exaltando a atitude de quem devolve dinheiro ou objetos valiosos perdidos ou esquecidos. ” Que pessoa honesta!”- dizem.

Honestos, educados, prestativos, íntegros, enfim, deveríamos ser todos nós. Foi isso que aprendemos com o exemplo dos nossos pais – pelo menos a maioria de nós.

Será tão difícil? Ou basta seguir um dos ensinamentos básicos de Jesus Cristo: “Fazei aos outros o que quereis que vos façam”?

Assim como o sol derrete o gelo, a gentileza evapora mal entendidos, desconfianças e hostilidade.
(Albert Schweitzer)

Gentileza gera gentileza – não é o que deveria acontecer sempre? Simples assim!