Não é fácil ouvir do ortopedista que seu problema maior é a postura. Com a idade, há desgaste nas articulações e a tendência é ter mais dores, se não se prevenir. Claro que sabemos disso, já cuidamos de idosos e estamos experimentando na própria carne esses efeitos da velhice.
Pensar que, como professora, vivia corrigindo crianças e jovens mal sentados, curvados sobre os cadernos: “Cuide da sua coluna!” E agora chegou minha vez de ser repreendida. “Só a gente pode se ajudar. Se não corrigir a postura, não vai melhorar” – disse-me o médico octogenário, acrescentando: “Sou velho mas não estou torto!”
E eis-me aqui, levantando a cabeça, encolhendo a barriga e levando os ombros para trás, sempre que me lembro dessas recomendações.
Com o pacote da idade vêm as dores, as perdas, o cansaço e a indisposição. Isso é claro e inevitável. Mas, nossa postura tem de ser revista e não apenas no aspecto físico. É necessário endireitar o corpo e exercitar-se fisicamente para se manter saudável. Creio que também é preciso rever nossa postura diante da vida, abandonar um pouco a rotina e se despedir da acomodação, nossa companheira tão íntima.
Já diziam os romanos: “mens sana in corpore sano” para expressar o conceito de coerência entre mente e corpo como sendo o equilíbrio saudável para o nosso estilo de vida.
E, quando menos esperávamos, eis-nos todos enfrentando profundas mudanças no modo de viver, de pensar e de reinventar a realidade. Bom momento esse para melhorar nossa postura em variados aspectos, especialmente no que se refere às necessidades do nosso irmão.
O apóstolo Paulo aconselha: “…transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” ( Romanos 12:2)
Que tal promover essa transformação? Vale a pena experimentar!