Por: Zeneide Ribeiro de Santana
A Arca de Noé é uma história fascinante, extraordinária, que mexe com a imaginação. Há nela muitos mistérios instigantes que provocam reações contraditórias.
Deixando de lado toda a especulação sobre verossimilhança, comprovações científicas ou possibilidades metafóricas, o que me chama a atenção é o chamado de Noé. Escolhido por ser um homem íntegro, dedicado à família,temente a Deus, recebeu uma difícil incumbência. Deve ter enfrentado muita zombaria e, com certeza, foi chamado de louco, alienado, sem juízo. Interessante sua tenacidade perante tantas críticas e a persistência na realização da tarefa que havia recebido.
Se alguma dúvida pairou na sua mente, sua fé deve tê-la desalojado, pois seu trabalho prosseguiu até o final. Obediente, persistente, concluiu sua missão.
Ainda não havia sinal da grande chuva prevista quando ele recebeu a ordem de entrar na arca com sua família e os animais, aos pares. Não há registros de desobediência por parte dos filhos de Noé. Conclui-se que ele era um líder, um pai exemplar, confiável, digno de todo crédito.
Entrar na arca significou obedecer a Noé que, por sua vez, demonstrou obediência ao próprio Deus a quem servia. Entrar na arca significou ir contra o desdém e as críticas de todos os descrentes. Também significou a crença nas palavras do Senhor, que não mente e que tem um propósito para o seu povo, para os que nele confiam.
Vivemos também numa época difícil, de descrença, consumismo, de avanços científicos impensáveis. E a maldade continua se multiplicando como nos tempos de Noé.
E se também entrássemos na arca? Não para fugir da realidade, mas para embarcar num grande sonho, viver com maior segurança sob a direção daquele que prometeu estar conosco sempre.
Vamos entrar na arca para desfrutar a companhia, o amor e as bênçãos do nosso Pai, mesmo em meio às tempestades da vida.
