– Está vendo aquela senhorinha ali em frente, de blusa estampada? É a minha mãe que, de acordo com o médico, teria dois meses de vida. Isso já faz quase oito anos!
A referida senhora sorriu para nós. Cheinha, cabelos grisalhos, muito simpática.
Então, a moça me contou que a mãe dela tomava conta de um neto de dois anos. O garotinho era bem sapeca e pegou a mania de correr. Numa dessas corridas, tentou passar por baixo das pernas da avó. Adivinhem o que aconteceu! Os dois se estatelaram no chão, mas o menino apenas se assustou. A partir daquele dia, a senhora começou a sentir dores no peito, pois havia caído de bruços. Mesmo medicada e em repouso, a dor continuava incomodando-a.
Realizados vários exames, constatou-se a presença de câncer em uma das mamas. Foi aí que os médicos disseram para a filha que a doença estava muito avançada e, no máximo, ela teria dois meses de vida. A família e os amigos se mobilizaram numa campanha de oração; alguns fizeram promessas e a própria enferma os animava dizendo que seria curada.
Fez cirurgia, submeteu-se a todos os tratamentos prescritos a foi se restabelecendo aos poucos. Hoje comparece às consultas de rotina para avaliação e está bem.
Concluindo sua narração, a moça me mostrou no celular uma foto da mãe dela ao lado do neto arteiro, já bastante crescido. Abraçados e sorridentes. Afirmou, com toda certeza, que aquela criança havia nascido com a missão de causar a descoberta da enfermidade da avó.
Nada comentei a respeito, mas me lembrei daquele texto de Paulo em sua carta aos Romanos: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”
Todas as coisas mesmo. Até uma queda. A partir daí, faz todo sentido o conselho do mesmo apóstolo: “Em tudo dai graças.” Penso que seria tolice agradecer pelo tombo, mas sim pela providência divina que se manifesta em qualquer situação.
Como é bom vivermos na dependência de Deus! Ele estará sempre no controle de nossa vida!
Realmente! Deveríamos nos lembrar disso a cada dia! Beijo.