Por: Zeneide Ribeiro de Santana
Sou Marta assumida: ando ocupada com mil atividades, procurando fazer, arrumar, organizar, facilitar a vida de muita gente.
Sempre que leio ou ouço mensagens sobre a visita de Jesus ao lar de Maria e Marta, me identifico com ela, com sua ansiedade em servir e agradar a pessoa mais importante que já recebera.
Creio que ela limpou tudo, preparou sua melhor receita, esmerou-se na arrumação da mesa, fez um bom refresco e uma sobremesa deliciosa. Tudo deveria estar perfeito.
E Maria, sua irmã, muito folgada, não se preocupou com nada, nem perguntou se precisava de algo, não se importou com seu nervosismo… Não suportando aquele estresse todo, ousou sugerir a Jesus que mandasse sua irmã ajudá-la. Só que não esperava pela resposta dele:
“- Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas, no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada.”
Primeiro deve ter pensado: “Ela escolheu a boa parte… Claro, é esperta! Muito melhor que a lida na cozinha!” Aí deve ter raciocinado: “Não, não foi isso. Ela escolheu dar atenção, ouvir e aprender com Ele. A boa parte seria priorizar a visita e não o serviço. Queria aproveitar ao máximo a presença do Mestre, beber do seu ensino. Sim, a boa parte se dá na tranquilidade, na suavidade do diálogo…”
Porém, encontrei um texto do Rev. Ricardo Agreste, pastor presbiteriano, com o qual concordo integralmente. Ele afirma que Jesus não insinua que Marta se transformasse em Maria, pois no seu Reino há necessidade de pessoas ativas, não só das contemplativas. Exemplifica com Moisés, Josué, Neemias, Paulo… Eu acrescentaria também várias mulheres.
Sempre achei injusta a expressão “síndrome de Marta” para caracterizar aqueles que põem a mão na massa, parecendo não se importar muito com atividades “espirituais”. Haverá algo mais espiritual que ajudar necessitados?
Sei que Deus conhece profundamente seus filhos e sabe da sinceridade daqueles que procuram servi-lo.
Continuo, pois, sendo Marta e, de quando em quando pareço ouvir:
– Zeneide, Zeneide, você anda muito inquieta…
Mas aprendo com Maria a não deixar passar despercebida a presença do Mestre na minha casa e na minha vida. Preciso me dedicar mais aos seus ensinos.
Essa boa parte não será tirada de mim e de ninguém.
Zeneide,
Acho que é difícil ser Marta ou Matia… O ideal seria sermos mais equilibradas, ora sendo mais uma, ora outra… Será que é possível?
Abraços
Concordo, Marlene! Difícil, mas não impossível. Minha avó Carolina e minha mãe deveriam se chamar Maria Marta ou vice-versa. Você também conhece alguém assim, com certeza! Abraço.
Até a pouco tempo as mulheres tinham uma unica função, do lar.Pessoas como Marta e maria nos dias de hoje são raras,recepcionar e escutar alguém com importância de mensagem é incomodo.Marta e maria, cada uma tinha sua peculiaridade e que era importante. Maria é claro que deve ter ajudado Marta em seus afazeres, mais o momento da chegada de Jesus, Marta escolheu o melhor a ser feito, a recepção a ELE. Imagino que Jesus não chegou na casa delas de supetão, deve ter feito o mesmo que fez com Zaqueu, avisou sobre a visita. Na verdade Maria cronometrou errado o tempo, para fazer tudo,o melhor e assim agradar o convidado.Como fazemos quando não da tempo pra preparar a casa e o convidado chega, continuamos com a faxina ou recepcionamos o convidado? Isso tenho por experiência, cansada do trabalho cheguei e fui descansar um pouco, a pia cheia de louça, a amiga chegou e eu com vergonha fui lavar a louça, e ela me disse: deixa isso vamos conversar, então relatando fatos e arrependida me perguntou: será que Deus me perdoa? eu calmamente lhe disse que Jesus atendeu o pedido do ladrão da cruz, o homem não esquece os nossos maus feitos e nos aponta, mais quando nos arrependemos dos nossos pecados somos perdoados pelo Pai.No outro dia ela morreu de uma forma como se fosse batizada, 9 de janeiro de 2000 ela e o marido estavam com a família na praia,e fizeram um juramento que mudariam totalmente as suas vidas, e com um sorriso no rosto disse a ele, faz como está fazendo com as crianças, me joga na água também. Soube pelo marido que estava muito feliz, foi o seu ultimo suspiro. É isso que Jesus nos quer ensinar, o tempo se não soubermos usar nos sugará o melhor, e o melhor é entender que se doar e aprender tem que estar em primeiro lugar. Já faz anos e não consigo contar quantas louças lavei, mais muitas mensagens gravei aprendendo a mensagem do Pai celeste, graças a Deus.As pessoas que nos chegam são como partículas de Deus, e não podemos desprezar, pois Ele nos dá a responsabilidade de cuidar até que ele busque. TEMPO TEMPO TEMPO………………tudo passa e nos passaremos também.
Obrigada pelo comentário! Fiquei sabendo que você é aquela Mariazinha que conheci em Itapetininga. Quanto tempo, não? Fiquei feliz ao saber que você lê meus textos. Grande abraço. Deus abençoe sua vida.
Oi, Zeneide! Gostei muito da sua reflexão.
Gostei mais ainda quando você se referiu às mulheres, acrescentando ao texto do Rev. Agreste! Se a Bíblia fosse escrita nos dias de hoje, com certeza ela referir-se-ia às mulheres.
Não existe humanidade sem mulher. Simples assim. Nem quem escrevesse a Bíblia!
Abraço.
Obrigada, Rev. Elizeu! Que bom saber que pensa assim! Deus abençoe todos que desejam servi-lo. Grande abraço.