O escritor Larry Crabb, em seu livro Conexão, conta uma experiência que teve com seu filho. Ele diz que, certo dia, tudo estava correndo bem, até que recebeu um telefonema de sua esposa lhe dizendo: “Larry, nosso filho foi expulso da faculdade”. “Essa notícia foi como uma faca cortando o meu coração”, diz Larry. Esse jovem que foi expulso da faculdade era o seu filho mais velho. Estava com 20 anos e prestes a terminar a faculdade. Então Larry se perguntou: “Onde foi que eu errei como pai do garoto? O que deixei de fazer por ele?”
Desabafa dizendo que o menino foi consagrado a Deus desde o seu nascimento. Ele, como pai, fez tudo para acertar: orações ao pé da cama, histórias da Bíblia antes de dormir, sábados dedicados ao lazer, jantares somente entre pai e filho, e até mesmo castigo quando necessário. Mas o que saiu errado? Qual é o pai que não faz esse questionamento numa situação como essa? Que pai não se decepciona com um filho que está lhe dando trabalho? Talvez existam pais que passam por uma situação parecida.
Larry Crabb, como qualquer outro pai, tinha bons sonhos para o garoto. Lembra que no início da faculdade, comprou sofás, mesas e cadeiras, para a casa em que seu filho ia morar, sonhando que ele se envolveria com a liderança espiritual da faculdade e aquela casa serviria para encontro de estudos bíblicos. Também conheceria uma moça cristã e sairia da faculdade já noivo, com um futuro esplêndido pela frente. Porém, agora esses sonhos estavam se diluindo. O que deve fazer um pai numa situação como essa?
O que impressiona foi a sua atitude. Larry pegou o seu carro e foi para a faculdade para falar com seu filho. E chegando lá, conseguiu cumprimentá-lo sem estar bravo. Disse simplesmente: Como posso te ajudar, meu filho?
Nessa hora quantos diriam: “Vai, não te disse que se continuasse desse jeito, você ia quebrar a cara? Bem feito, quebrou”. “Você não presta para nada, você é um burro, imprestável”.
Não, mas ao contrário, ele disse: Como posso te ajudar, meu filho?
Pastor Daniel Dutra
