Se lermos a Bíblia toda mais de uma vez e se memorizarmos vários textos e versículos, mesmo assim, a cada releitura, encontraremos algo novo que nos fará refletir.
No livro do profeta Isaías 65: 8, me deparei com este versículo:
“Como quando se acha vinho num cacho de uvas, dizem: Não o desperdiceis, pois há bênção nele, assim farei por amor de meus servos e não os destruirei a todos.”
Dizem equivale a costumam dizer, referindo-se a algum provérbio conhecido. O que me chamou a atenção foi a frase explicativa “pois há bênção nele“. O conselho para não desperdiçar tem um fundamento: o cacho de uvas traz em si a possibilidade de ser aproveitado, de ser útil, de prestar serviço. Por isso, seu conteúdo era considerado bênção.
Além do desperdício, tema já batido, há ainda outras lições. Há bênção no cacho de uvas e isso é maravilhoso. Ele pode ser usado para fazer vinho ou suco, tanto para consumo familiar como para venda.
Será que estamos atentos à quantidade de bênçãos abandonadas por aí? Fico encantada quando vejo grupos de senhoras costurando retalhos de tecidos para doar roupas para adultos e crianças carentes. Quadradinhos de crochê e tricô viram mantas para agasalhar idosos nos asilos. Há instituições que se dedicam a confeccionar enxovais para recém-nascidos de mães necessitadas. Frutas muito maduras descartadas por feirantes se transformam em geleias e doces ofertados aos orfanatos.
São apenas alguns exemplos. Todos os que se envolvem em projetos de voluntariado tornam-se bênçãos na vida dos outros e são abençoados também. Será que as pessoas com quem convivemos ou que encontramos casualmente podem ver bênção em nossas vidas?
Quando anunciou a Abraão suas maravilhosas promessas, o Senhor recomendou: “Sê tu uma bênção!” (Êxodo 12: 2)
Penso que chegou a hora de parar com essa mania de só correr atrás das bênçãos e de nos tornar, nós mesmos, os abençoadores do nosso próximo.
Há bênção em você?
