“Aprendi o silêncio com os faladores,
a tolerância com os intolerantes,
a bondade com os maldosos,
e, por estranho que pareça,
sou grato a esses professores.”
Gibran Khalil Gibran
Creio que a gente aprende sempre, mesmo sem querer. Nosso espírito crítico alerta-nos e leva-nos a observar o comportamento alheio. E essa observação nos ensina… e quanto!
Se, como ordena o Mestre, devemos fazer aos outros o que queremos que nos façam, acho que o inverso também se aplica: não devemos fazer com ninguém aquilo que não queremos que nos façam. Assim, quando ouvimos notícias ou assistimos a cenas de maldade ou intolerância explícitas, sentimo-nos mal, inconformados mesmo. Mais ainda quando não é possível interferir ou ajudar de alguma forma.
Outro dia, num longo trajeto numa Van que nos trazia do hospital, ouvimos uma senhora falar desenfreadamente sobre tudo que lhe vinha à cabeça: reclamações de fome, do trânsito, política, vida alheia, recheada de críticas e até palavrões. Ela se dirigia ao motorista, já que ninguém lhe respondia e ele, coitado, enfrentava o trânsito e a enxurrada de palavras pacientemente.
Talvez por isso, ela e o marido foram os primeiros a ser deixados em casa… Quando desceram, foi um alívio geral. Um silêncio abençoado!
De fato, faladores, intolerantes e maldosos são bons professores… E, se aprendemos com eles a cada circunstância, será mil vezes melhor aceitar o convite de Jesus Cristo: “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.
Senhor, peço teu perdão por todas as vezes que nos irritamos com comportamentos desagradáveis do nosso próximo. Ajuda-nos a ter tolerância, a agir com bondade e a silenciar quando for necessário. Que estejamos disponíveis para receber teus ensinamentos e praticá-los a cada dia. Amém.