Ô mania de ser pessimista! Quando o céu amanhece azulzinho, temperatura agradável, nenhuma nuvem à vista, às vezes pensamos “É, mas pode chover! Tempestades nem sempre avisam, chegam quando menos se espera. Melhor levar guarda-chuva e agasalho.”
No correr da vida também é assim. Dizem que quando tudo está calmo, sem grandes problemas, é preciso ficar esperto: alguma coisa ruim vai acontecer!
Outros, otimistas incuráveis, descendentes diretos da Polyana, nem parecem se preocupar. Claro que vai dar tempo! O dinheiro é sempre suficiente e, se não for, pra que existe parcelamento? Vai sarar, sim! Não está tão doente como pensa! Preocupação por quê?
Confesso que não sou tão otimista como gostaria de ser.Tenho os pés bem fincados na realidade e sei, por longa experiência, que nem tudo acontece como e quando a gente deseja.Temporais desabam com maior frequência do que pensamos, seja qual for a previsão anunciada. Mas nem por isso andaremos apreensivos, esperando a iminência de uma catástrofe para arruinar nossos planos e sonhos.
A propósito, a história de Davi, o rei segundo o coração de Deus, está repleta de bênçãos, livramentos, cumprimento de promessas e perdão pelas graves falhas. Mesmo nas horas sombrias, pode sentir a poderosa mão do Senhor sobre sua vida. Com tudo isso, “ disse Davi… Pode ser que algum dia venha eu a perecer nas mãos de Saul…” ( I Samuel 27:1)
E não somos diferentes. Tanto o ser humano quanto as situações que enfrentamos se caracterizam pela instabilidade. Oscilamos entre o bom e o mau humor, entre a esperança e o desespero, entre a fé e a incredulidade…
Tal qual Davi, nem conseguimos contar as vezes em que somos abençoados, em que sentimos a presença do Espírito Santo nos consolando e nos ajudando nas lutas diárias. Mesmo assim, ousamos duvidar da fidelidade daquele que prometeu: Ainda que meu pai e minha mãe me abandonem, o SENHOR me acolherá. (Salmo 27:10)
Ah, Deus Pai, que a incredulidade se afaste de nós para podermos andar contigo, em segurança!