Quantas vezes ouvimos essa frase? Quase sempre é dita ou ouvida nas ocasiões de luto. Por que se diz isso? Será que alguém não sabe ou precisa ser lembrado disso justamente num momento de dor?
Soa como se dissessem que não se deve lamentar, que o que passou deve ficar para trás, que há muita coisa para ser levada em consideração… A vida está aí para ser curtida, com tantas oportunidades para aproveitar e seria burrice ficar choramingando… Não duvidamos de que essas afirmações sejam verdadeiras nem da intenção de quem fala, pois deve ser para consolo e ajuda.
Sou grata porque ninguém me disse isso. Não precisei ser lembrada de que o mundo não acabou, de que ainda há o que fazer nesta vida que agora perdeu um pouco de cor e sabor.
A vida continua não porque nos tornamos insensíveis, pois o ferimento maltrata e às vezes sangra de novo. É daquele tipo que não vai embora, que costuma provocar uma fisgada dolorida, que demora a passar. Nem porque somos super-heróis e enfrentamos qualquer parada.
Mas, mesmo assim, somos favorecidos pela graça de Deus. Concordo com o que li outro dia: “a graça de Deus é a provisão diária para as nossas crenças e deficiências”. É por esse motivo que aguentamos, suportamos e conseguimos ir em frente. Ele nos dá força todos os dias.
Porém, a frase do título deste texto tem todo o sentido para o cristão: a vida não termina quando se morre. É a promessa! A morte não é o fim, é apenas uma passagem para outra realidade. Onde? Como é? Não sabemos, mas podemos imaginar que seja toda tecida com a mais perfeita paz.
Para mim, a vida continua, sim! E para você?
