De repente, ouvindo canções infantis com meu netinho, estes versos tão conhecidos provocaram em mim uma fisgada dolorida:
“Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua , sem a tua , sem a tua companhia?”
Oito anos de separação, oito anos sem a tua companhia… Já? Sobre a previsão do tempo, a única certeza que podemos ter é “Ele passa!”
Sem muita lamentação, procurando ser realista sem perder a sensibilidade, me dei conta de que, de fato, a gente pode suportar mais do que supõe. Mesmo que a companhia seja insubstituível e faça tanta falta.
Quantas vezes ouvimos ou falamos: “Não é possível!” ;”Não aguento mais!”; “Se tivesse que passar por isso, não conseguiria!”; ” Não tenho estrutura para enfrentar uma crise dessas!”; ” Chega! Não dá mais…” Mas, só podemos saber se suportamos ou não se vivermos certas situações na própria carne. Talvez sejamos mais fortes do que pensamos ou, então, estamos sendo fortalecidos na dor, sem que tenhamos nos dado conta.
“Quando estou fraco, então é que sou forte”– escreveu Paulo, o apóstolo. E ele entendia de sofrimento, de lutas e de dores. Essa afirmação deixa de parecer incoerente porque “… e ele (o Senhor) me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.”
Essa é a certeza que me sustenta e pode sustentar todos os que crerem nas promessas de Deus. Sua Palavra nos diz que não estaríamos isentos de aflições, nem de dores físicas ou emocionais, mas nos incentiva a ter bom ânimo porque tudo isso perturbou o Mestre, mas, ele venceu e nós também podemos vencer.
Por acreditar nisso, posso perceber cada manifestação do amor divino que me possibilita viver sem a tua companhia.
Recebe, Senhor minha gratidão pelo teu cuidado e ajuda cada um que ler este texto a confiar e esperar em ti. E que nunca, nunca nos falte a TUA COMPANHIA!