Essa palavra – estoque – quase sempre é empregada para designar mercadorias. Datas comemorativas, ansiosamente esperadas pelo comércio, demandam que se reservem produtos com muita antecedência. Que o digam os comerciantes da 25 de março!
Alegria e desânimo se alternam no rosto dos vendedores, conforme os estoques vão se acabando ou se acumulando. E muita gente deixa para comprar nos dias seguintes para aproveitar os preços mais baixos das queimas de estoque.
Esse assunto me veio à mente quando li uma meditação de C.H. Spurgeon esta manhã, na qual ele se refere ao poder de Deus, que nunca, nem por um momento, retira sua mão abençoadora. Então ele menciona um novo estoque de misericórdia, que ele inclina para nós como se fosse um galho de uma árvore cheia de frutos.
Que maravilha saber que “o Senhor é rico em misericórdia”, como escreveu o apóstolo Paulo aos Efésios! Melhor ainda saber que suas misericórdias se renovam a cada manhã. São infindas. Não precisamos temer a escassez, o racionamento, nem o perigo de acabar quando chegar a nossa vez.
Não mesmo, pois elas, as misericórdias, jorram como uma fonte inesgotável e estão disponíveis para qualquer pessoa que se proponha a buscá-las. E há certos momentos na vida, tão complicados, em que nem sabemos como orar, nem verbalizar nossas necessidades. Hora, então, de pedir a intervenção divina sobre nós.
No Sermão da Montanha, Jesus Cristo declara “bem-aventurados os misericordiosos porque serão chamados filhos de Deus”. O mesmo apóstolo Paulo, na carta aos Romanos, fala que nós somos vasos de misericórdia.
E então? Como está o nosso estoque de misericórdia?