O insulto é entendido como desrespeito, ofensa, algo que procura atingir alguém de forma maldosa.
Existem pessoas que se ofendem com pouca coisa, até com uma leve brincadeira. São as que “tomam o pião na unha”, como diziam os antigos. Excesso de sensibilidade ou temperamento difícil mesmo? Por outro lado, há os que levam tudo na esportiva, na brincadeira. São os mais afáveis, que sabem aceitar com bom humor as eventuais críticas de amigos. Às vezes até concordam com o que ouvem e fazem piadas sobre si mesmos.
Há um vídeo muito bom do filósofo e professor Leandro Karnal, no qual ele discorre sobre a ofensa, de maneira clara, irônica e divertida. Afirma que se alguém o ofende, há duas possibilidades: ou o ofensor está correto em atacá-lo ou ou que falou é mentira. Se for verdadeira a afirmação, não há por que se ofender. É aquilo e ponto final. Mas, se o ofensor estiver errado, se o que falou não for verdadeiro, também não há motivo para ficar bravo ou irritado. A pessoa falou o que não é real; então, o erro é dela e não do ofendido…
Acho fantástica a atitude de Jesus Cristo com os que o insultaram, agrediram e lhe tiraram a vida. “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34). Somente o filho amado de Deus Pai, o único que tem o amor incondicional, poderia compreender tanto e mostrar tamanha compaixão pelos seus ofensores.
Se nos sentimos insultados sempre, se não toleramos divergências com nosso modo de pensar ou de agir, seria bom refletir melhor sobre nossas reações. Por que não tentar relevar ou pensar antes de responder? “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Prov. 15:1) Quem sabe não é a hora certa para assumir nosso egoísmo e imitar o exemplo do Mestre?
A citação de Rabindranath Tagore: “A terra é insultada e oferece suas flores como resposta.” traduz uma verdade comprovada.
Deixemos o julgamento para Deus, que é o justo juiz. Imitemos a terra também e vamos florescer… não só na Primavera!
