Crianças desaparecidas

Infelizmente, são muitos os casos e crianças que desaparecem e nunca mais são encontradas. Nem dá para calcular o desespero dos pais, aturdidos e inconformados à procura do filho.

Sei de alguns casos que mexeram com minha estrutura, só de imaginar como me sentiria naquela situação. Uma avó me contou da sua aflição uma vez quando, na praia, tomava conta de um netinho, de três anos. Num segundo em que olhou para outro lado, não o viu mais. Parecia sentir ainda o horror por que passou, um horror feito de culpa e de maus pressentimentos. Chegou a pedir uma bicicleta emprestada e a pedalar como nunca, buscando pela criança. Falou também do alívio e da gratidão que sentiu quando, no final da tarde, ela o viu sentado, brincando tranquilamente com um novo amiguinho na areia da praia já quase vazia…

A propósito, vi um post que viralizou na Internet, esta semana. A mãe procurava o filho que se afastara dela num supermercado. Depois de uns momentos de pânico e de intensa busca, encontrou-o ajoelhado junto a um banco na frente da loja. Aliviada, seu primeiro impulso foi de repreendê-lo, mas quando viu um cartaz azul na parede, entendeu tudo. Seu filho estava orando, pedindo a Deus que as crianças desaparecidas, cujas fotos estavam estampadas no cartaz, encontrassem suas famílias.

A foto que a mãe publicou se propagou pelas redes sociais e muita gente se comoveu com essa história simples.

Também eu me emocionei e fiquei pensando na atitude desse garoto. Ela nos lembra que, independente das nossas crenças, devemos nos apoiar e nos preocupar uns com os outros. Creio que ele foi ensinado, talvez pelo exemplo, a se importar com o próximo e a fazer o possível para ajudá-lo. No caso, a levar o problema a Deus, que tudo pode.