“Às vezes, precisamos ir a lugares onde não exista Wi-Fi.”
Li isto um dia destes e achei muito pertinente e verdadeiro. Claro que ir a um lugar assim não oferece atrativo nenhum para pessoas que não conseguem se desgrudar do celular nem quando usam o banheiro. Jovens, adultos e até mesmo idosos e crianças, hoje, possuem esse apêndice tão essencial e fundamental, sem o qual parecem não poder sobreviver. Sim, chega a ser uma dependência perigosa, quase letal…
Eu mesma, que tanto critico o excesso dessa mania com eletrônicos, outro dia fui ao dentista e deixei o celular em casa. Resultado: precisei voltar logo, pois alguém poderia estar me solicitando, o que de fato aconteceu: havia alguns recados por Whatsapp. Além do mais, poderiam se preocupar com minha ausência…
Então, transportei-me mentalmente para um tempo não tão distante, quando andávamos mais livremente, sem ouvir aqueles sons irritantes gritando por atenção. Quando também podíamos encontrar pessoas, cumprimentá-las, saber notícias, prestar atenção nelas, olhar nos seus olhos, reparar no seu corte de cabelo ou notar seus óculos novos. Tempo em que se sentia o cheiro das plantas, o sabor do afeto, o calor de um bom abraço…
Hoje, crianças pequenas falam em aplicativos. Cadê os brinquedos artesanais, as bolas esfoladas pelo uso, as bonecas encardidas pelas brincadeiras na terra ou na grama?
Saudosismo não resolve nada, bem sei. Mas, não custa apelar para o bom senso! Vamos nos desligar um pouco desse terrível Wi-Fi , interagir com o mundo real e nos aproximar mais do ser humano que caminha ao nosso lado?
“…e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. ” – foi a promessa de Jesus Cristo para quem o seguisse.
Sim, Ele disse que estaria em nossa companhia, sempre, não necessariamente quando estivéssemos conectados à realidade virtual! O mundo real está bem aqui, cheio de lindas oportunidades para que amizades reais floresçam e deem frutos. Voltemos a enxergar os “pequeninos” do Senhor!