A Revista Superinteressante, novembro de 2011, traz o artigo”Atravessar portas pode nos fazer esquecer coisas”, onde se lê:
“Você provavelmente já passou pela frustrante experiência de entrar numa sala especificamente para fazer uma coisa e, assim que cruzou a porta, esquecer o que era. Boas notícias: uma nova pesquisa da Universidade de Notre Dame (em Indiana, Estados Unidos) sugere que passar por uma porta é a causa desses lapsos de memória envolvendo objetos.
Isso porque, quando você passa pela porta e troca de ambiente, sua memória é compartimentada. O estudo foi publicado recentemente na revista Psychology Quarterly.
Estudos anteriores já mostraram que a memória é fortemente afetada por fatores ambientais. Informações que foram aprendidas em um determinado ambiente são recuperadas com mais facilidade se você estiver naquele mesmo contexto. Por isso é útil refazer os seus passos, por exemplo, quando você perde a chave.”
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Achei interessante esse artigo, pois, de fato isso acontece com frequência e não só comigo, com certeza, mesmo porque não apenas idosos esquecem coisas com facilidade. A sensação de “O que vim fazer aqui? ou “O que eu quero mesmo?” nos faz parar, refletir e até ficar com medo do “alemão”!
Atravessar portas é algo que fazemos sempre, todos os dias. É um ato corriqueiro, portanto, mas também simbólico, pois a travessia envolve mudança, transformação. Se esquecemos algo nessas circunstâncias, não precisamos nos preocupar tanto com a falha da memória, pois, afinal,“a culpa é da porta”.
Impossível não lembrar as palavras de Cristo, no Evangelho de João ” Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens”. Essa, sim, pode e deve ser atravessada com ousadia, pois a promessa do Bom Pastor continua válida ainda hoje.
Entrar pela porta que o Mestre representa faz toda a diferença: mudança de itinerário, rumo à novidade de vida e à paz tão ansiosamente desejada por todos nós.
