Ontem, aqui em casa, teve de tudo mesmo. Primeiro, foi o auto-convite do Bruno, pelo Watsapp durante a semana “Almoço na casa da vó Zeneide, no domingo“. Simples, direto, na verdade uma convocação, logo aceita com”Ebas” de todos os lados…
Podem imaginar três crianças saudáveis e arteiras (graças a Deus!) num pequeno apartamento?
Enquanto a mesa era arrumada, a parte inferior do armário da cozinha já estava sendo esvaziado pela Helena, a Bel e o Samuel procuravam restos de lã que, estrategicamente, eu já tinha “escondido” pra eles encontrarem , em vez de arruinarem meus novelos novos, guardados em lugares (por enquanto) inacessíveis para eles.
Aí, veio a oração linda do Samuel, agradecendo pela comida “tão gostosa”, que ainda nem tinha experimentado…
Enquanto comíamos, colocando os assuntos em dia, não faltaram as referências e as lembranças divertidas do pai e avô ausente… Durante esse papo que se estendeu por um tempo, depois de se lambuzarem com laranjas, houve porta do quartinho se fechando pelos mais velhos e a Heleninha querendo entrar e não conseguindo, por causa do emaranhado de fios de lã que cruzavam todos os ângulos possíveis… Quando, finalmente entrou, voltou logo, tropeçando com pés e pernas enrolados…
Hora da sobremesa:
– Não gostei desse pudim, vovó!- disse ela com a carinha malandra.
– Como assim? Não gostou, Bel? – perguntei.
– Não gostei! Ameeeiii! Quero mais!
Aí foi um vai e vem de que nem me lembro direito. Teve bexigas se enchendo e estourando, teve o Igor impedindo a Helena de enterrar o mouse num vaso de flor, teve um livro de histórias engordurado, um “mal entendido” entre os primos, logo resolvido por eles mesmos…
Teve louça lavada pela Natália, café compartilhado, Cíntia se deitando na minha cama para que o tio, a irmã e o primo sentissem os movimentos do Levi. já na vigésima semana… Sim, se Deus quiser, daqui a um ano, precisaremos de papinha para ele…
Ah! teve também reclamação da minha parte, pois não sei mais o que fazer pra devolverem meus Tupperwares (Alguém me ajuda?) Assim mesmo, teve marmita de feijoada pra levar.
Realmente teve quase tudo… Faltaram as fotos, Igor!
Mas não faltou alegria. Nem gratidão. Muito obrigada, Senhor, por esses raios de sol que varrem o inverno da minha vida!