Quando tudo isso passar… Uma das frases mais ouvidas atualmente, que já falamos em diversas situações, em diferentes fases da vida… E quase sempre com a sensação de esperança de que algo ruim, nefasto ou insuportável tenha fim. Quando tudo isso passar, poderemos ter a paz de quem cumpriu um dever, ter a liberdade de ação, que nos foi negada por algum motivo, ter a possibilidade de fazer aquilo que realmente importa, que nos preenche e nos proporciona saúde emocional, a tão almejada paz de espírito…
Agora, na expectativa de que a quarentena não se prolongue tanto, de que brevemente possamos abraçar nossos queridos, de que o simples ato de escolher frutas e verduras na feira ou no mercado nos seja restituído, de que reencontremos o encanto de caminhar por parques e jardins, suspiramos “Ah, quando tudo isso passar !!!”
Mas, enquanto não passa, será que precisamos ficar inertes ou mergulhar no lago do desânimo? Carpe diem, viva o presente, lembram-se? Não é recomendável estacionar num eterno adiamento de alegrias que estão por vir, que talvez nem venham como e quando esperamos…
Minha neta, a Bel, de seis anos, todas as manhãs se arruma, coloca as roupas preferidas, se enfeita com as pulseiras e os arranjos de cabelos mais bonitos que tem, se prepara para … ficar em casa nesta quarentena sem fim… Assiste às aulas online, brinca, desenha, vê seus filmes, inventa atividades e faz “artes” toda produzida como se fosse sair… Faz bem – acho – mesmo porque suas roupas talvez nem sirvam mais nela daqui a uns meses…
Quando isso tudo passar, tenho pensado em como nada mais será igual. A percepção do mundo, conceitos, valores, prioridades, até motivações estarão ressignificados ( palavra da moda, como “narrativa”, ” novo normal” e outras…)
Nosso tempo estará dividido entre pré e pós pandemia. Provavelmente diremos “Faz mais de dois anos, sim, foi antes da pandemia!”
Porém, bom mesmo é saber que nosso Deus, soberano e Senhor do Tempo, o Alfa e o Ômega, esteve, está e estará conosco em todo o tempo e “ toda a boa dádiva e o todo dom perfeito descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” ( Tiago 1:17)
Quando tudo passar, que tenhamos mais empatia, sejamos mais dedicados ao próximo, mais tolerantes, mais gratos e mais felizes também!
